Megaesôfago de provável etiologia näo chagásica

1988 
Foram estudados oito pacientes com megaesofago onde a etiologia chagasica nao foi comprovada. Eram tres homens e cinco mulheres, com idade entre 16 e 67 anos. Quatro deles tinham menos de 20 anos. A disfagia era em terco distal do esofago em sete e terco medio em um, com duracao inferior a um ano em quatro. So tinham queixas de emagrecimento aqueles com regurgitacao. O estudo da motilidade esofagica, realizado com o metodo manometrico, revelou as mesmas alteracoes encontradas no megaesofago chagasico e na acalasia idiopatica: aberturas incompletas ou acalasia do esfincter inferior e contracoes sincronas ou ausentes no corpo do esofago. A pressao do esfincter inferior foi elevada, quando comparada com chagasicos e controles. A nifedipina, droga bloqueadora do fluxo de calcio na musculatura lisa, diminuiu significativamente a pressao do esfincter inferior, quinze minutos apos a administracao sublingual, efeito que durou os restantes 45 minutos em que foi medida. Houve bom resultado do tratamento cirurgico, esofagocardiomiotomia extramucosa a Heller, com desparecimento da disfagia. Os resultados indicam da possibilidade de tratamento clinico com drogas, fato ainda carente de melhor avaliacao (AU)
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