A TEORIA DOS REFÚGIOS FLORESTAIS: DISTRIBUIÇÃO E EVOLUÇÃO DAS PAISAGENS AO FIM DO PLEISTOCENO

2009 
O presente trabalho faz um esforco em realizar uma revisao sobre o estado da arte acerca da Teoria dos Refugios Florestais, considerada um importante paradigma referente aos mecanismos e padroes de distribuicao de floras e faunas da America Neotropical. Para tal, sao reunidas informacoes numa vasta revisao bibliografica sobre estudos paleogeograficos do Quaternario. A ideia que embasa a Teoria e que flutuacoes climaticas da passagem para uma fase mais seca e fria durante o Pleistoceno terminal, a biota de florestas tropicais ficou retraida as exiguas areas de permanencia da umidade, a constituir os refugios e sofrer, portanto, diferenciacao resultante deste isolamento (VIADANA, 2000). A expansao destas manchas florestadas tropicais, em consequencia da retomada da umidade do tipo climatico que se impos ao final do periodo seco e mais frio, deixou setores de maior diversidade e endemismos como evidencia dos refugios que atuaram no Pleistoceno terminal. A razao da existencia deste paleoclima mais seco e frio no periodo citado esta relacionada, de acordo com Ab’Saber (1992) com a glaciacao de Wurm-Wisconsin. Como consequencia desta glaciacao, os polos confinaram muito mais agua sob a forma de gelo resultando na reducao do nivel medio dos mares, deixando expostas grandes faixas de terras antes ocupadas pela agua do mar. Devido este fenomeno, a corrente fria das Malvinas, neste periodo, chegava ate o litoral sul do atual Estado da Bahia.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    4
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []