Hibridismo e religiosidade na capoeira: uma perspectiva bakhtiniana a partir da obra de mestre Decanio

2020 
Quando pensamos na capoeira uma imagem que melhor a representa e a da luta. Luta, originalmente, de resistencia contra a violencia racial, por sobrevivencia social, por afirmacao de valores subtraidos e luta violenta de combate: “zum, zum..capoeira mata um”. No entanto, a capoeira e muito mais do que isto. E arte, diversao, vadiagem e, no caso da obra aqui analisada, A heranca de mestre Bimba: filosofia e logicas africanas da capoeira (1997) e uma filosofia em seu aspecto pratico/vivencial. Nosso objetivo, portanto, e compreender em que medida esta obra pode ser entendida como uma sintese pratico-teorica que aponta para dialogos culturais e inter-religiosos no seio da capoeira regional. Elementos de tradicoes diversas (oriental e ocidental) interconectam-se na busca de recuperacao dos saberes tradicionais da capoeira ao passo que se conectam, criativamente, visando promover mediacoes interculturais que favorecem o reconhecimento das alteridades. Como marco referencia teorico nos apropriaremos nas reflexoes de Mikhail Mikhailovitch Bakhtin, especificamente, no que concerne as nocoes de polifonia, dialogismo e hibridismo intencional.
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