Correlações Lineares Entre Preços Do Gado Gordo E De Reposição E Dados Meteorológicos De Diferentes Regiões – Dados Preliminares

2011 
Grande parte da producao de carne brasileira fica restrita ao mercado interno, responsavel por consumir mais de 80% da sua producao. No Pais, os sistemas de producao sao bem distintos. No extremo Sul do Pais, a producao de animais de racas europeias, possuem distribuicao em maior escala nos periodos de abril/maio e setembro/outubro, epocas das safras de gado engordado na estacao quente e na estacao fria, respectivamente. No centro do Pais as producoes de gado Nelore sao melhor distribuidas ao longo do ano, embora existam tambem duas estacoes bem definidas, a epoca das aguas e a epoca de estiagem. Especula-se que as variacoes de preco do Rio Grande do Sul sao reguladas por fatores climaticos ou variacoes de preco do gado gordo e de reposicao que ocorrem no Centro do Pais. O objetivo deste trabalho e estudar as correlacoes entre dados climaticos e precos dos animais de reposicao ou terminados, visando estabelecer entendimentos que possam predizer comportamentos do mercado futuro do boi gordo. Foram estudadas 32 variaveis, sendo dezenove relacionadas ao clima e treze relacionadas a precos: preco do bezerro em R$ a prazo e US$ a vista na Praca de Pelotas, preco do boi magro em R$ a prazo e US$ a vista na Praca de Pelotas, preco da vaca gorda em R$ e US$/@ a vista na Praca de Porto Alegre e da Fronteira, preco do boi gordo em R$ e US$/@ a vista na Praca de Porto Alegre e da Fronteira e o preco do boi gordo em R$/@ a vista na Praca de Maringa-PR. As variaveis foram interpretadas mensalmente, desde janeiro de 2006 a dezembro de 2010. As correlacoes lineares estimaram dados do mesmo mes, entre clima e preco, de clima no mes “zero” e de preco tres, seis ou doze meses adiante. Os dados mostraram que no mesmo mes, apenas duas correlacoes foram significativas, ambas relacionadas negativamente ao preco do bezerro e do boi magro, em dolares por cabeca, com a temperatura maxima observada no municipio da regiao Sul. Ja quando a correlacao foi do clima com os precos tres meses depois, foram observadas sete correlacoes superiores a |0,40|, tambem relacionadas a temperatura maxima media na Fronteira Sul do estado. Quando as correlacoes consideraram os precos seis meses adiante as variacoes climaticas, as correlacoes reduziram a tres, maiores que |0,30|. No entanto, os dados parciais mais interessantes estao relacionados as analises dos precos doze meses adiante do clima, quando as medidas de variacoes pluviometricas na Fronteira Sul foram todas positivamente correlacionadas com as variaveis de preco, sendo tres maiores que 0,30, sete maiores ou iguais que 0,40 e uma de 0,50, a maior correlacao observada neste trabalho parcial. Alem destas, outras onze correlacoes maiores ou iguais que |0,40| e outras sessenta e duas maiores que |0,30|, na grande maioria, negativas. Os resultados ate aqui analisados permitem concluir que existe correlacao entre varias medidas de preco com alteracoes climaticas observadas, caracteristico das producoes a pasto do Rio Grande do Sul.
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