AS RELAÇÕES DE TRABALHO EM ESTÁGIOS NÃO OBRIGATÓRIOS

Sabe-se que o estagio e uma oportunidade que o aluno tem de colocar em pratica o conhecimento adquirido no decorrer da graduacao. Possibilitando que o estudante tenha uma dimensao de como aplicar a bagagem teorica na execucao de tarefas e na resolucao de problemas.No entanto, uma vez exposto as modificacoes estruturais do mundo do trabalho, os programas de estagios, principalmente os de carater nao obrigatorio, tem sofrido com a flexibilizacao nao so da gestao e tecnicas, como tambem das relacoes de trabalho ao que tange os direitos dos trabalhadores. Sendo assim, este estudo que se caracteriza como uma pesquisa descritiva com abordagem qualitativa objetivou verificar se ha indicios de precarizacao e exploracao de mao de obra nas relacoes de trabalho em estagios nao obrigatorio. Para tal, entrevistou-se 10 alunos que cursam entre o 5o e 7o semestre do curso de graduacao em administracao da Universidade do Pampa – Unipampa que declararam estar realizando estagio nao obrigatorio. Nos resultados constatou-se que existem indicios de precarizacao e exploracao de mao de obra no que tange o desvirtuamento dos contratos de estagio, uma vez que sao delegadas tarefas externas aquelas acordadas, tendo casos em que o estagiario desempenha as mesmas ou ate mais atividades que os funcionarios concursados e contratados. Tambem ha relatos de que as funcoes desempenhadas no programa de estagio nao possuem relacao com o curso de administracao. Ademais, constatou-se que os entrevistados estao satisfeitos com o estagio, sendo essa satisfacao atribuida nao so ao ambiente de trabalho, como as experiencias vividas e principalmente ao ganho de conhecimento. Vale ressaltar que apesar de ter sido citado como um dos motivos que levaram a busca de um estagio, nenhum entrevistado considerou a remuneracao como fator de satisfacao ou insatisfacao.