Automedicação no Brasil durante a pandemia da COVID-19 e o papel do profissional farmacêutico, uma revisão sistemática

2021 
mascarar doencas, provocar interacoes medicamentosas, resistencia bacteriana e intoxicacao. Durante a pandemia da COVID-19 muitas noticias foram propagadas estimulando o uso de medicamentos para a prevencao e tratamento do SARS-CoV-2, como a cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida, ivermectina, etc. Todavia, nao ha comprovacao cientifica sobre a eficacia dos mesmos para essa finalidade. O objetivo do presente estudo foi revisar a literatura existente sobre automedicacao e relaciona-la a pandemia da COVID-19. Foi realizada pesquisa bibliografica sistematica e um total de 27 artigos cientificos foram sumarizados e discutidos. A automedicacao em decorrencia do pânico, mas informacoes e da cultura que os brasileiros tem de se autodiagnosticar colaboraram para o aumento dessas praticas. Divulgacoes equivocadas nas redes sociais sobre tratamentos farmacologicos favoreceram o desabastecimento de farmacias e drogarias, prejudicando ate mesmo atendimentos hospitalares. Medicamentos divulgados como profilaticos e curativos do novo coronavirus se mostraram ineficazes em pesquisas clinicas in vivo aplicadas em sua maioria em pacientes hospitalizados com COVID-19, exceto o remdesivir e a dexametasona que contribuiram de forma significativa nos tratamentos de casos moderados a graves. Profissionais farmaceuticos se mostraram importantes para a conscientizacao da populacao sobre os efeitos adversos dos farmacos, combate a fake news e producao de vacinas. Tambem foi possivel observar a falta de recursos que as universidades brasileiras tem para gerar ciencia, fazendo-se necessario apoio financeiro para possibilitar pesquisas de novos farmacos e fabricacao de vacinas.
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