Se um Testemunho na Escuridão dos Arquivos – segunda parte

2014 
O artigo procura cartografar algumas das linhas de forca que sustentam o funcionamento das medidas socioeducativas. Trata-se da continuacao de “Se um Testemunho na Escuridao dos Arquivos”, publicado pela Revista Mnemosine vol.9, n.2. Previstas pelo artigo 112 do Estatuto da Crianca e do Adolescente – ECA: Lei 8.069 de 13 de julho de 1990 –, as medidas socioeducativas sao aplicadas quando um ato infracional, ao qual e passivel atribuir a responsabilidade de adolescente – 12 a 18 anos – torna-se comprovado. Contudo, quais seriam as condicoes de possibilidade que tornam esta operacao possivel na contemporaneidade? Quais as principais estrategias conceituais utilizadas pela socioeducacao, com quais poderes fez/faz alianca, que tipo de corpo – atitudes, comportamentos, gesto, habitos, discursos – produz, o que faz circular, o que paralisa? O artigo esta divido em dois momentos: Um pouco de possivel, senao sufoco , onde se conta como dois adolescentes infratores criaram para si uma linha de fuga; e O pouco de possivel que nos sufoca , quando dois amigos, numa conversa de bar, debatem a importância do pensamento de Antonio Carlos Gomes da Costa para a socioeducacao brasileira. Este ensaio prepara caminho para ultima etapa da pesquisa, onde se pretende mapear a invencao das medidas socioeducativas.
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