E se nós fossemos Jacques Rivière? / What if we were Jacques Rivière?
2018
A relacao epistolar entre Antonin Artaud e seu editor, Jacques Riviere, sugere neste artigo a possibilidade de uma outra maneira de se relacionar com a chamada loucura. Propoe uma visao que permite um freio para a patologizacao constante das identidades sociais no campo da saude mental. Para Riviere, Artaud era antes poeta do que louco; escritor antes que sujeito da loucura, e a partir dai o interpela, o acompanha. O editor aparece, entao, como um tipo de gentil provocador, um hipocratico literario, um gerador de novos contextos de possibilidades, de canais para o fluir criativo de Artaud. E foi precisamente esse fluir acompanhado, o que mais tarde permitiria ao poeta frances, conseguir uma relativa recuperacao. O artigo e apresentado como um breve ensaio teorico a partir do qual propoe a possivel exploracao de outras formas de se relacionar com a questao do sofrimento psiquico e da saude mental. Palavras-chave: Loucura; Artaud; Despatologizacao; Identidade; Saude Mental.
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