Diferenças eletrocorticais na computação de verbos leves e pesados

2007 
Foram realizados dois experimentos em Portugues do Brasil, com extracao de potencial relacionado a evento ( event-related brain potential - ERP). As atividades eletrocorticais de 29 voluntarios normais foram coletadas e armazenadas durante a estimulacao linguistica. Depois disso, foram aplicadas tecnicas de processamento digital de sinais bioeletricos (filtragem e promediacao) para se estimarem os ERPs. Com base no modelo da Morfologia Distribuida, investigamos, atraves das respostas eletrocorticais dos voluntarios, a derivacao sintatica de sentencas com o verbo leve ter, como O menino tinha uma bola / * O menino tinha uma lua , e de sentencas com verbos pesados, como O menino chutou a bola / *A cadeira chutou a bola . Os achados nos mostram diferencas entre estes dois tipos de computacao. Parece mesmo que nao e possivel se ter uma anomalia semântica dentro de um vP, do tipo [vp V[DP Det N]], com o verbo leve ter ( have ). Nao ha N400s de amplitudes diferentes, muito embora a coisa (ou pessoa) possuida seja a primeira vista semanticamente bem implausivel. Parece ser uma evidencia de que a anomalia semântica seria estabelecida somente a partir da computacao (ou concatenacao - merge ) do sujeito, o que significa que a incongruencia da preposicao esta fora do vP ou depois da concatenacao verbo-complemento. Quanto aos achados referentes as sentencas incongruentes com verbos pesados, pudemos ver que a implausabilidade semântica do sujeito em relacao ao verbo provoca respostas eletrocorticais completamente diferentes daquelas decorrentes de sentencas com verbos pesados e sujeitos congruentes.
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