A noção de risco no DSM-5 e a clínica contemporânea

2016 
Ao analisar o Manual Diagnostico e Estatistico de Transtornos Mentais (DSM-5), lanca-se luz sobre qual o seu papel da saude contemporânea: promover transformacao ou controle social? Qual o seguimento se estabelece ao individuo categorizado como patologico por esse manual? A relacao do cuidado consiste em uma coautoria, na qual o profissional (e a equipe multidisciplinar) deve conduzir o ser que sofre para a capacidade de autogestao. O uso de criterios estatisticos e protocolos para diagnosticos em transtornos mentais possuem um carater “universalizante” de diagnostico e conduta clinica requerendo dessa forma apropriar-se o profissional, enquanto condutor, de abordagens individuais que contrabalancem esse determinismo diagnostico. O modelo extraido da clinica psicanalitica sugere que detectar a estrutura do sujeito condiciona decisivamente a conducao do tratamento. O objetivo e “empoderar” o sujeito ou promover o empreendedorismo de si, um olhar que possibilita legitimar a invencao de cada um no mundo de redes, horizontalizado, no qual a pratica clinica se une diante da imprevisibilidade das consequencias de um transtorno. Desenvolve-se uma clinica do ser falante que busca identificacao ao sintoma - aquilo que se cria para dar conta do real, se impoe ao sujeito e requer um posicionamento – e a responsabilizacao por sua singularidade.
    • Correction
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []