Avaliação da enxertia no jardim clonal de castanheira-do-brasil da Embrapa Agrossilvipastoril.

2019 
A castanheira-do-brasil (Bertholletia excelsa Bonpl.), especie de grande importância economica, encontra-se em grande vulnerabilidade devido ao desmatamento dos castanhais nativos, que sao responsaveis pela maior parte da producao de castanhas no Brasil. Alem disso, a falta de conhecimento do cultivo (melhoramento genetico, tratos silviculturais e producao de mudas) trazem barreiras para o plantio comercial desta especie. A producao de mudas enxertadas em campo garantem caracteristicas geneticas da arvore matriz e precocidade na producao de frutos, porem poucas informacoes estao disponiveis sobre esta tecnica. O objetivo do trabalho foi avaliar o pegamento da enxertia de materiais geneticos oriundos de Acre e Roraima no jardim clonal de castanheira-do-brasil da Embrapa Agrossilvipastoril. Foram enxertadas, pela tecnica de borbulhia de placa, 34 porta-enxertos com materiais geneticos selecionados de quatro arvores matrizes oriundas do Acre e de cinco materiais de Roraima, em dezembro de 2018. Foram realizadas tres avaliacoes, com aproximadamente 85 dias, 137 dias, e 196 dias apos a enxertia (DAE), onde foram observados taxa de brotacao e mortalidade dos enxertos, analisados pela estatistica descritiva. Aos 85 DAE, nos materiais oriundos do Acre, foi observada uma taxa de pegamento de 5,55%, porem 55,56% das borbulhas permaneciam vivas. A taxa de mortalidade foi de 38,89%. Nos materiais oriundos de Roraima, a taxa de pegamento foi maior (18,75%) e a taxa de mortalidade das borbulhas ficou em 25%. Aos 137 DAE nao foram observadas gemas mortas, e o pegamento subiu para 22,22% nos materiais do Acre e para 37,5% nos materiais de Roraima. Na ultima avaliacao realizada, aos 196 DAE, nao foram observadas alteracoes nas taxas de brotacao e mortalidade dos enxertos. Eles serao monitorados e avaliados periodicamente. Apesar da baixa taxa de pegamento desses materiais, ainda e cedo para concluir o real valor, ja que trabalhos mostram que a brotacao pode iniciar apos os 200 DAE. 38,89% e 37,5% dos enxertos do Acre e Roraima, respectivamente, ainda apresentam placas vivas, porem sem brotacao. Essas informacoes sao importantes para auxiliar na tomada de decisao de produtores que desejam ter um plantio de castanheira enxertado. E importante ressaltar que fatores ambientais estao diretamente ligados ao pegamento e brotacao de enxertos, como habilidade do enxertador, porte da muda enxertada, vigor do material a ser enxertado e tratos culturais apos a enxertia.
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