Ivermectina: é preciso pensar fora da caixa para reposicioná-la

2020 
A ivermectina (IVM) e um farmaco derivado da avermectina B1 de alta permeabilidade e baixa solubilidade. E utilizado como antiparasitario de amplo espectro e estudos revelam promissoras atividades antiviral e anti-inflamatoria. Alem disso, formulacoes e sistemas de liberacao tem sido aplicados para otimizar a solubilidade e biodisponibilidade do farmaco. Desse modo, pretende-se destacar o desenvolvimento de novas formulacoes e sistemas de liberacao contendo a IVM tendo em vista nao so os beneficios tecnologicos, mas tambem os proveitos de efetividade diante de disturbios distintos para os quais o farmaco nao foi originalmente aplicado. Os sistemas de liberacao tem sido aplicados para otimizar a solubilidade e biodisponibilidade da IVM, reduzir sua citotoxicidade e aumentar o efeito terapeutico em doses menores. Nesse sentido, a literatura revela distintas formulacoes e sistemas de liberacao contendo IVM que visam melhorar suas propriedades fisico-quimicas, tais como microparticulas, microesferas, lipossomas, microemulsoes, gel de formacao in situ, formulacoes de liberacao controlada e prolongada, dispersao solida e micelas mistas. Como potencial agente antiviral, este farmaco inibe a replicacao de cepas virais e reduz niveis sericos de proteina viral em estudos in vitro e in vivo; quando incorporada em lipossomas, a eficacia foi elevada e toxicidade reduzida. A IVM demonstrou potencial para aplicacao em disturbios dermatologicos devido a atividade anti-inflamatoria, destacando o reposicionamento bem sucedido para o tratamento de rosacea papulopustular. Portanto, reposicionar farmacos mais antigos para tratar doencas comuns ou raras, bem como diante de uma urgente necessidade, torna-se uma ferramenta atraente no âmbito da pesquisa e desenvolvimento de medicamentos.
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