QUALIDADE PÓS-COLHEITA DE MANDIOCAS DE MESA ARMAZENADAS SOB DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO

2013 
QUALIDADE POS-COLHEITA DE MANDIOCAS DE MESA ARMAZENADAS SOB DIFERENTES FORMAS DE PROCESSAMENTO O cultivo da mandioca ( Manihot esculenta ) e de grande importância economica e tambem, uma das principais fontes de carboidratos para milhoes de pessoas dos paises em desenvolvimento. Na regiao do extremo Sul de Santa Catarina, e um dos principais cultivos, da qual depende a subsistencia e renda dos agricultores nas pequenas propriedades. Em relacao aos vegetais, novos produtos tem sido testados e inovados a fim de proporcionar novas opcoes aos consumidores e suprir a demanda existente. Devido a mudanca de habitos da populacao, produtos comumente apresentados in natura dao lugar para os produtos pre-elaborados, ou minimamente processados. Assim, buscando identificar e propor solucoes para os principais gargalos da producao da cultura na regiao Sul, experimentos de conservacao de mandioca em pos-colheita tem sido conduzidos. Com estas consideracoes, este trabalho tem como objetivo avaliar a qualidade de mandiocas de mesa armazenadas em frio sob diferentes formas de processamento. METODOLOGIA O experimento foi realizado na safra 2012 com mandiocas de mesa das cultivares ‘Marrom’, ‘Pessego Branco”, ‘Vassorinha’ e ‘Nova Branca’. As mandiocas foram armazenados em frio, congeladas, a -15oC em 3 tratamentos diferentes: 1) tolete descascado de 12cm a vacuo (TOVA); 2) tolete descascado de 12cm em bolsa plastica (TOBO); 3) raiz inteira com casca (RAICA). Cada tratamento foi composto de 3 pedacos, com 3 repeticoes. As mandiocas foram analisadas na colheita e apos 30, 60, 90, 120 e 150 dias de armazenamento quanto a peso, comprimento, diâmetro, cor da epiderme, incidencia de fungos e submetidas a painel de degustacao de aceitabilidade e textura (HEINTZ & KADER, 1983). Para os paineis de degustacao, as amostras foram cozidas em panela de pressao por 15 minutos. Apos o cozimento os tratamentos foram servidos a 15 painelistas. Para a analise fitopatologica foram avaliadas as seguintes partes: i. com casca; ii. cortex; iii. parte interna da casca com; iv. parte interna da sem casca. As amostras avaliadas consistiram em duas repeticoes por placa, de aproximadamente dez gramas cada, nas quais foi realizado o procedimento de isolamento em meio de cultura Agar-agua, incubados a temperatura de 26 o C±1, sem fotoperiodo. Cada placa de petri constituiu uma repeticao, com tres repeticoes por tratamento, e doze amostras por cultivar. Os dados foram submetidos a analise de variância, com separacao de medias pelo teste de Tukey (0,05%). RESULTADOS E DISCUSSAO Com relacao a aparencia, as mandiocas em todos os tratamentos e datas de avaliacao apresentaram boa aparencia na saida do congelamento. As mandiocas dos tratamentos TOBO e RAICA, que necessitavam ser descascadas para seu cozimento, apos descascadas, por descongelarem, apresentavam consistencia esponjosa.  Com relacao a coloracao, mandiocas da cultivar ‘Vassourinha’ apresentaram coloracao mais amarelada comparada as demais cultivares que apresentaram uma coloracao esbranquicada. Ao longo da armazenagem, foi observada maior aceitabilidade das mandiocas em tolete comparada ao tratamento raiz inteira. As mandiocas dos tratamentos TOVA apresentaram textura intermediaria entre pastosa e dura, sendo considerada a que mais agradou aos painelistas. As mandiocas dos tratamentos TOBO e RAICA, apresentaram textura mais pastosa e levemente aguada. Esta textura provavelmente ocorreu pelo fato de as mandiocas destes tratamentos ja terem descongelado totalmente no momento do inicio de cozimento e, por isso, os 15 minutos de cozimento em panela de pressao levaram a um maior amaciamento. Na analise fitopatologica, em todos os tratamentos foi identificado Fusarium, fungo produtor de micotoxinas, o que o torna potencialmente perigoso para consumo. CONCLUSAO Mandiocas em toletes apresentam textura mais apreciavel apos o cozimento o que lhe confere maior aceitacao. A presenca de Fusarium em todos os tratamentos leva a necessidade de investigar se a contaminacao ocorre no campo ou no momento do processamento. AGRADECIMENTOS Ao CNPq, pelo financiamento do projeto no EDITAL 2010 CNPq/Repensa. Ao Câmpus Sombrio do IFC pelo suporte na realizacao dos experimentos. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS HEINTZ, C.M., KADER, A.A. Procedures for the sensory evaluation of horticultural crops. HortScience, v.18, p.18-22, 1983.
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