O crescimento urbano metropolitano e as mudanças socioespaciais: diferentes processos e classes encontrando-se na periferia do Rio de Janeiro

2013 
Nas metropoles brasileiras, assim como nas cidades medias, pode-se observar que estaoem curso mudancas na ordem espacial vigente, alterando parâmetros sedimentados deorganizacao espacial. Compreender suas dinâmicas distintas e coordenadas e fundamentalpara podermos observar com mais clareza o processo e as relacoes de causa e efeito.Desta forma, o trabalho propoe-se a estudar os recentes tipos de migracoes interurbanas noBrasil, debrucando sobre o caso do estado do Rio de Janeiro e as mudancas noordenamento socioespacial dos municipios da regiao metropolitana e perimetropolitana.Para tal fim e importante observar temas como as politicas governamentais de habitacaocom foco social e fenomenos como a transformacao da segunda residencia em primeira. Aspoliticas sociais e habitacionais brasileiras dos ultimos anos tem promovido acoes quecontemplam demandas dos estratos populares. A possibilidade real da obtencao de moradiaa juros baixos, postergada por longa data, hoje atende aos anseios da classe C. No entanto,o Estado, buscando baratear o custo dos empreendimentos, contribui para o isolamento dascamadas desfavorecidas, levando-as para areas distantes, precarias e com infraestruturalimitada. Neste sentido, as migracoes sao um importante aspecto das mudancas urbanas,sejam elas opcionais, como no caso da auto-segregacao dos estratos mais altos dapopulacao, ou ocasionadas por uma oportunidade, como no caso da classe C, atendida peloprograma habitacional Minha Casa Minha Vida.
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