Os recusados: uma experiência de moradia transitória infanto-juvenil no campo da saúde mental
2015
Ao estudar uma Unidade de Acolhimento Infanto-juvenil, a presente pesquisa quis pensar
criticamente a atualidade das praticas de cuidado e protecao direcionadas as criancas e
adolescentes ditos em situacao de vulnerabilidade social. Mais especificamente, sao os
modos de cuidar e modos de proteger, ou, em ultima analise, modos de governar certas
criancas e adolescentes o foco deste trabalho. Para a constituicao do campo de analise,
fomos guiados pelos trabalhos genealogicos de Michel Foucault e Robert Castel. Num
segundo momento, retomamos aspectos da historia das praticas direcionadas a
determinada populacao infanto-juvenil no bojo das politicas sociais, seguindo agora com
Foucault e Jacques Donzelot. Em seguida, foram tracados alguns aspectos da historia dos
modos de governo executados pelas politicas assistenciais direcionadas a infância e
adolescencia no Brasil, para entao apresentar alguns modos de governo operados a partir
das composicoes das politicas sociais (Saude e Assistencia Social) com a Justica. Por fim,
fizemos uma breve passagem pela historia das politicas de drogas no intuito de considerar
o contexto em que se propoe uma unidade de acolhimento no campo da Saude Mental,
para dai acompanharmos sua emergencia na cidade de Sao Paulo, e realizar alguns
apontamentos sobre o acolhimento institucional como estrategia de cuidado. Perguntou-se
que rachaduras essas novas modalidades de atencao sao capazes de produzir naqueles
modos de governo, ainda herdeiros das praticas punitivas e estigmatizantes tao presentes
na historia da assistencia a infância e adolescencia no Brasil. Podemos inferir que a UAI diz
da urgencia de se inventar outros modos de cuidar, da urgencia de acolher e nao
aprisionar
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