Abandono de estações férreas: cartografia nas cidades de Jaguarão e Rio Branco na fronteira Brasil-Uruguay

2020 
Durante quase um seculo, as estacoes ferreas funcionaram como ponto de embarque e desembarque de passageiros. Por volta de 1990 ocorre a interrupcao de seu uso original e as edificacoes tornaram-se obsoletas e, por consequencia, criaram-se territorios abandonados. Neste trabalho, busca-se explorar os territorios no entorno das estacoes ferreas abandonadas, analisando as relacoes dessas edificacoes com quem habita aqueles espacos, compreendendo de que modo o local e sentido e vivenciado. O metodo adotado e o da cartografia sensivel, onde sao mapeados os processos vivenciados a partir de uma experiencia em um territorio. As cidades-gemeas de Jaguarao e Rio Branco apresentam a presenca da ponte e da passagem do trem como indicadores de uma acao de ruptura, do atravessamento dessa linha de fronteira. Assim, as estacoes ferreas possuiam uma forca que atuava na conexao entre os paises, e que hoje, nao sao mais encontradas. De forma simplificada, o abandono das estacoes ferreas apresenta-se de duas maneiras. A primeira e um abandono visivel, e estar nitidamente abandonada, sendo perceptivel seus sintomas atraves de rachaduras aparentes, infiltracoes, depredacoes. A segunda maneira e de um abandono invisivel, oculto, que vai alem da aparencia material. As especificidades encontradas nesses territorios, auxiliam na elaboracao de pistas que revelam as potencialidades que surgem a partir desses atravessamentos. Compreende-se o modo que as pessoas se apropriam das estacoes ferreas e de que maneira podem ser propostas futuras intervencoes nesses espacos, pensando na valorizacao da edificacao patrimonial e nas novas dinâmicas encontradas nesses territorios.
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