Avaliação do Centro Hiperdia Minas de Juiz de Fora na atenção à doença renal crônica

2014 
INTRODUCAO: O Centro HIPERDIA Minas do municipio de Juiz de Fora (CHDM/JF) se caracteriza pela oferta de atencao compartilhada em nivel especializado para hipertensos, diabeticos e renais cronicos encaminhados a partir Atencao Primaria a Saude (APS). Nesse modelo de atencao, a APS deve atuar como centro coordenador do cuidado acompanhando toda a trajetoria do usuario na rede por meio de ferramentas especificas e de estrategias de comunicacao entre profissionais da APS e da atencao secundaria a saude. O CHDM/JF oferece atendimento interdisciplinar e exames especificos, para usuario com doenca renal cronica (DRC) secundaria a hipertensao arterial ou diabetes mellitus, nos estagios 3-B, 4 e 5 e / ou com o declinio da taxa de filtracao glomerular ≥ 5 mL/min/ano. Por sua vez a APS representa o primeiro contato do usuario com DRC na rede de atencao a saude, evidenciando a importância da participacao dos profissionais da APS na deteccao precoce dessa condicao. OBJETIVO: Avaliar a estrutura das unidades de atencao primaria (UAPS), os processos de trabalho e os resultados da atencao aos grupos de risco para DRC. METODOS: Estudo avaliativo, de abordagem quantitativa, realizado em 14 pontos da APS e um centro de atencao secundaria do municipio de Juiz de Fora, MG, no periodo de 2010 a 2012. As informacoes de “Estrutura” e “Processo” foram obtidas atraves de questionario semiestruturado aplicado a medicos, supervisores e agentes comunitarios. Os resultados da atencao foram avaliados por meio de indicadores clinicos obtidos em prontuarios. As UAPS foram classificadas de acordo com o grau de implantacao dos criterios de “Estrutura” e “Processo” direcionados a atencao a DRC. RESULTADOS: A classificacao do grau de implantacao das UAPS revelou que 36% eram “implantadas” e 64% “parcialmente implantadas” ou “nao implantadas”. As UAPS “implantadas” apresentaram melhores taxas de estabilizacao da taxa de filtracao glomerular estimada (51%) quando comparadas as UAPS “parcialmente implantadas” (36%) e “nao implantadas” (44%) (p=0,046). Alem disso, as UAPS “implantadas” encaminharam os usuarios a atencao secundaria em estagios mais precoces da DRC (estagio 3B) quando comparadas as UAPS “nao implantadas” (58% vs 36%) (p=0,049). CONCLUSAO: As UAPS com pontuacao mais elevada em criterios de “Estrutura” e “Processo” para atencao a DRC apresentaram melhores desfechos clinicos.
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