AVALIAÇÃO DE REPARO PÓS CIRURGIA PARENDODÔNTICA RELATO DE CASO

2019 
AVALIACAO DE REPARO POS CIRURGIA PARENDODONTICA RELATO DE CASO   Autores: Fabiana Silva Ferreira; Arthur Alves de Andrade; Jessyka Magela Coelho; Welton Esteves de Campos Junior; Monica Misae Endo; Helder Fernandes de Oliveira       RESUMO A infeccao persistente pos-tratamento endodontico, no qual o organismo nao consegue eliminar o agente causador, em muitos casos a abordagem cirurgica e necessaria. Espera-se que apos a excisao completa do agente irritante ocorra o processo de reparo. O objetivo foi descrever um caso clinico de cirurgia parendodontica avaliando o reparo tecidual obtido apos 20 meses de acompanhamento. Paciente J.M.S, 17 anos, compareceu a clinica do curso de odontologia da UniEvangelica com queixa de mobilidade no dente 22. Ao exame fisico intrabucal notou-se discreto aumento de volume na regiao periapical, e o teste de vitalidade pulpar negativo. As imagens TCFC evidenciaram rompimento da cortical vestibular e com uma ampla area de rarefacao ossea periapical.  Para o controle da infeccao foi realizado previamente o tratamento endodontico. Realizou-se a cirurgia posteriormente, na qual envolveu puncao aspirativa, com coleta de liquido amarelo-citrino, caracteristico de lesoes cisticas, e biopsia excisional da lesao, apicectomia, retropreparo e retrobturacao com (MTAO + SealapexO). O exame histopatologico revelou a presenca de um cisto periapical de carater inflamatorio. Verificou-se reparo da area afetada e ausencia de sinais clinicos decorridos 20 meses de acompanhamento. Conclui-se que em casos de infeccao endodontica persistente a cirurgia parendodontica e uma alternativa promissora e viavel. Para avaliacao do reparo osseo da area afetada e imprescindivel avaliacoes posteriores. PALAVRAS-CHAVE: Cisto periapical; Regeneracao ossea; Cirurgia bucal.     INTRODUCAO As doencas mais frequentes no periodonto apical sao de natureza inflamatoria promovidas pela morte total ou parcial do tecido pulpar, principalmente de etiologia bacteriana decorrentes da evolucao da doenca carie. A carie quando nao tratada gera o comprometimento do tecido pulpar coronario e radicular. As toxinas bacterianas chegam a regiao periapical promovendo alteracoes profundas no tecido conjuntivo do ligamento periodontal, provocando a inflamacao. Com o tratamento endodontico efetuado dentro dos principios biologicos e em condicoes que promovam a sanificacao do canal radicular ate o limite apical, inicia-se o processo de reparo (ESTRELA, 2004). Todavia existem fatores locais e sistemicos que podem comprometer e influenciar no sucesso desse tratamento, dificultando o reparo tecidual. Sao eles, fatores locais: Infeccao; Hemorragia; Destruicao tecidual; Deficiencia no suprimento sanguineo; Presenca de corpos estranhos nos tecidos periodontais. Fatores sistemicos: Nutricao; Etresse; Estados debilitantes cronicos; Hormonios e vitaminas; Desidratacao e idade. Portanto, existira uma situacao em que os tratamentos endodonticos convencionais se tornaram impraticaveis para alcancar seus objetivos. Nessas condicoes, a forma de contornar e solucionar o problema e a indicacao da cirurgia parendodontica (ESTRELA, 2004). A cirurgia parendodontica de acordo com os resultados que se almeja no tratamento, recebe diferentes nomenclaturas e tecnicas, a curetagem apical, apcectomia e obturacao retrograda talvez sejam as mais citadas (ORSO & FILHO, 2006). A curetagem apical trata-se, conceitualmente, de um procedimento cirurgico que tem a finalidade de remover o tecido patologico localizado no osso alveolar, na regiao apical ou lateral de dentes necrosados. Sabe-se tambem que pode ser indicada para a remocao de corpos estranhos localizados nessa area, de etiologia iatrogenica ou nao e em dentes portadores ou nao de lesoes periapicais. Entretanto a apicectomia tem sido indicada diante de inumeras situacoes clinicas, a saber: nos casos de raizes dilaceradas que impedem um tratamento convencional adequado; quando da retificacao e/ou perfuracao da raiz no terco apical; em presenca de ramificacoes apicais nao obturadas; instrumentos endodonticos fraturados; fraturas radiculares que envolvem o terco apical acompanhado ou nao de lesao periapical e em presenca de reabsorcoes radiculares apicais externas, cujos tratamentos foram incapazes de solucionar o problema via canal radicular. Ja as obturacoes retrogradas sao indicadas em casos onde os canais sao inacessiveis via coronaria, sendo essa obstrucao representada pela presenca incontornavel de nucleo metalico, fragmento de instrumento, calcificacoes, material obturador, mas formacoes, reabsorcao interna ou defeito de instrumentacao. Esses fatores, impedindo o acesso ao canal radicular, comprometem o resultado das cirurgias parendodonticas mais simples, como a curetagem periapical ou a apicectomia (ESTRELA, 2004).           OBJETIVO O objetivo foi descrever um caso clinico de cirurgia parendodontica avaliando o reparo tecidual obtido apos 20 meses de acompanhamento.     DESENVOLVIMENTO Paciente J.M.S, 17 anos, compareceu a clinica do curso de odontologia da UniEvangelica com queixa de mobilidade no dente 22. Ao exame fisico intrabucal notou-se discreto aumento de volume na regiao periapical, e o teste de vitalidade pulpar negativo. As imagens TCFC evidenciaram rompimento da cortical vestibular e com uma ampla area de rarefacao ossea periapical.  Para o controle da infeccao foi realizado previamente o tratamento endodontico. Realizou-se a cirurgia posteriormente, na qual envolveu puncao aspirativa, com coleta de liquido amarelo-citrino, caracteristico de lesoes cisticas, e biopsia excisional da lesao, apicectomia, retropreparo e retrobturacao com (MTAO + SealapexO). O exame histopatologico revelou a presenca de um cisto periapical de carater inflamatorio. Verificou-se reparo da area afetada e ausencia de sinais clinicos decorridos 20 meses de acompanhamento. CONCLUSAO Conclui-se que em casos de infeccao endodontica persistente a cirurgia parendodontica e uma alternativa promissora e viavel. Para avaliacao do reparo osseo da area afetada e imprescindivel avaliacoes posteriores.     REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS   ESTRELA, C. Ciencia Endodontica. v.2, p. 657-798. 2004 ESTRELA, C. Ciencia Endodontica. v.2, p. 919-942. 2004 ORSO, Vanderle de Arlete; SANT'ANA FILHO, Manoel. Cirurgia parendodontica: quando e como fazer. Revista da Faculdade de Odontologia de Porto Alegre. Porto Alegre. Vol. 47, n. 1 (abr. 2006), p. 20-23, 2006.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []