Estudos de gênero e saúde coletiva: teoria e prática

1995 
Este artigo analisa a pratica educativa e o desenvolvimento da teoria e epistemologia feministas, relacionados com o movimento de mulheres. Nos estudos de genero, o corpo foi identificado como âncora conceitual da definicao sociocientifica da mulher, assim como a repressao da sexualidade feminina foi revelada como ponto nevralgico do controle social mais amplo exercitado sobre as mulheres. Este referencial corpo/genero/poder levou a percepcao da importância das dicotomias organizativas da ciencia, e do fato destas dicotomias tambem expressarem/criarem ideias poderosas sobre homens (sujeito da ciencia, expressao da cultura atraves da razao e da mente) e mulheres (objeto da ciencia, expressao da natureza atraves do corpo e da emocao). A construcao do conceito de genero evidencia, cientificamente e socialmente, a rejeicao do destino biologico anunciado pelo discurso dominante, na medida em que expressa e simboliza a pratica cientifica das mulheres, e sua insercao como sujeitos cientificos engajadas na construcao de uma ciencia de sucessao. Por outro lado, e constatado que as mulheres desconhecem seus corpos, enquanto o sistema medico e identificado como detentor do saber legitimado e do poder sobre o corpo. Experiencias educativas alternativas, baseadas na metodologia dos grupos de reflexao do movimento, e que almejam o fortalecimento da mulher como sujeito da sua saude, sao recuperadas no âmbito do Programa de Assistencia Integral a Saude da Mulher (PAISAM)
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