GRADIENTES TÉRMICOS DO CONTÊINER E TEMPERATURA SUPERFICIAL MÉDIA EM PINTOS DE CORTE TRANSPORTADOS EM DIFERENTES VIAGENS

Objetivou-se com este estudo, avaliar os gradientes termicos entre o ambiente do conteiner e o interior das caixas de pintos, em diferentes viagens e os seus reflexos na temperatura superficial media de pintos de corte durante o transporte. A pesquisa foi realizada no estado de Sao Paulo, com o acompanhamento de 9 viagens com diferentes densidades de caixas, utilizando um caminhao climatizado, com capacidade media de 380 caixas. Foram selecionadas 14 caixas de transporte de pintos em cada viagem e, posteriormente, cinco aves por caixa. Mensurou-se a temperatura superficial media dos pintos (TSM) no carregamento (embarque e desembarque), com um termometro infravermelho. Na avaliacao microclimatica (centro e interior das caixas de pintos) do conteiner registrou-se a temperatura do ar (T; °C), a umidade relativa (UR; %) e, por fim, obteve-se o calculo da entalpia especifica (h; kJ.kg-1 de ar seco). Para tal, foram utilizados 17 dataloggers, colocados um por caixa (total 14) e tres ao longo do conteiner. O delineamento experimental foi inteiramente aleatorizado em esquema fatorial 9 x 2. Verificou-se que existem dois microclimas na carga de pintos, em que as maiores medias de T, UR e h foram verificadas no interior das caixas, logo, o gradiente termico medio desses ambientes foram 4 °C, 6% e 15 kJ.kg-1 de ar seco. As maiores TSM ocorreram no desembarque dos pintos, tambem, observou-se que as aves sofreram estresse termico por calor durante o transporte.