Mal de Arquivo: a dinâmica do arquivo na Arte Contemporânea
2009
A proposta deste texto e explorar o impacto da ideia de arquivo na arte contemporânea. Parte-se da perspectiva de Jacques Derrida sobre o conceito de arquivo, em “Mal de Arquivo – Uma impressao freudiana”, no qual Derrida explora o duplo sentido da raiz da palavra arquivo, como origem e comando ou poder de uma autoridade. Ao relacionar a nocao de arquivo com a memoria (pessoal e historica), o autor argumenta que ha uma constante tensao entre a manutencao e repressao (consciente ou inconsciente) da memoria. O mal de arquivo estaria ligado a pulsao de morte, ao apagamento da memoria, cujas consequencias podem ser psiquicas, sociais e politicas. Com esse entendimento, identificamos a ideia de arquivo como um procedimento central nas praticas artisticas contemporâneas. Diversos artistas desenvolvem projetos em torno de nocoes de falsificacao de arquivos; partem da apropriacao de arquivos historicos; ou incorporam metodologias cientificas em seus processos poeticos, dando origem a arquivos ficticios e estranhas taxionomias.
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