Olhares possíveis sobre as narrativas históricas
2013
O livro Historia: a arte de inventar o passado, do Doutor em Historia Social Durval Muniz de Albuquerque Junior, professor Titular da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, reune em dezesseis capitulos artigos anteriormente publicados em periodicos. Os textos, que discutem as mudancas dos paradigmas na ciencia historica, estao divididos em tres partes: a primeira aborda a relacao entre historia e literatura; a segunda apresenta as contribuicoes de Foucault para a historia e a ultima traz alguns aspectos sobre o trabalho do historiador. Uma ideia que perpassa todo o livro e a da “invencao”. Segundo o autor, a propria utilizacao desta palavra ja indica mudancas no campo historico, simbolizando que o historiador nao trabalha com verdades e que, quando lida com as suas fontes, nao se desvencilha de sua subjetividade. Se pensarmos a historia do prisma da invencao, nos afastaremos das categorias homogeneizantes e universais, pensando a ciencia como uma construcao. Inserida nesses questionamentos esta a questao relativa a narrativa. A forma como cada historiador a entende esta relacionada a compreensao individual do que seja a historia. Albuquerque Junior defende uma ciencia afastada das narrativas que pressupunham a veracidade absoluta dos fatos relatados, apontando que a propria linguagem tornou-se materia de reflexoes politicas, adentrando no campo do simbolico. Uma das grandes discussoes quando se pensa em narrativa e a separacao objeto e sujeito. Por mais que isso ja tenha sido materia de debate anos atras, ainda se deve discutir essa inverossimil separacao. E se pensarmos na resistencia que ainda persiste na aceitacao de fontes nao
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