Levantamento florístico e distribuição vertical de epífitas vasculares sobre Aldina heterophylla Spruce ex Benth

2014 
Foram realizados levantamentos de epifitas vasculares em tres areas de campinarana, onde foram inventariadas epifitas em 36 forofitos (Aldina heterophylla Spruce ex Benth.), 12 em cada area, com DAP ≥ 20cm, e 360 arvoretas, 10 no entorno de cada forofito, com DAP ≤ 10cm. Nos levantamentos foram anotadas as zonas de ocorrencia das epifitas: Zona 1 – parte basal do fuste (0-2m); Zona 2 – fuste ate a primeira ramificacao, desconsiderando ramos isolados abaixo da copa. Tambem dividida em zona umida (2a) e zona seca (2b); Zona 3 – parte basal dos ramos grandes (primeiro terco) ate primeira ramificacao; Zona 4 – Segundo terco dos ramos; Zona 5 – Terco externo do comprimento dos ramos, para os forofitos de maior diâmetro; enquanto a ocorrencia nas arvoretas foi considerada uma zona distinta, Zona S. Foram calculados parâmetros estruturais e a dimensionalidade da composicao de especies de epifitas entre forofitos foi reduzida pela Analise de Coordenadas Principais (PCoA). Os efeitos de sitio, zona e estatura (razao dap:alt) do forofito sobre os atributos da comunidade (riqueza, diversidade e composicao floristica) foram testados atraves de modelos de ANCOVA hierarquica, com zona aninhada dentro de sitio e a razao DAP:altura como co-variavel. Nos resultados dos levantamentos dos 36 forofitos principais foram registradas 5922 epifitas, distribuidas em oito familias, 34 generos e 71 especies. As monocotiledoneas foram representadas por quatro familias e 62 especies (87,3%), enquanto as eudicotiledoneas por duas familias e tres especies (4,2%) e as pteridofitas por duas familias e seis especies (8,4%). Nas arvoretas foram registradas 612 epifitas, distribuidas em cinco familias, 24 generos e 38 especies. As tres especies mais importantes pelo VIE foram respectivamente: Elaphoglossum glabellum (10,3%), Elaphoglossum auricomum (6,4%) e Camaridium ochroleucum (6,2%). As maiores densidades de epifitas ocorreram nas zonas de copa (3, 4 e 5), estando na zona 3 o maior numero de individuos. A composicao floristica entre A. heterophylla e arvoretas foi pouco similar, com apenas duas especies (em 73) ocorrendo exclusivamente em arvoretas. A proporcao da variância atribuida aos dois fatores hierarquicos e a covariavel conjuntamente diferiu para os diferentes atributos da comunidade e o nivel de explicacao dos fatores hierarquicos individualmente diferiu entre os atributos. Para a composicao de epifitas (PCoA eixo 1 e eixo 2), 73-78% da variância foi explicada por sitio, zona e a razao DAP x altura. Neste caso, os dois primeiros foram altamente significativos, com zona explicando a maior parte da variacao ao longo do gradiente de composicao definido pelo eixo 1 da PCoA e, ao contrario, sitio explicou a maior parte da variacao ao longo do eixo 2 da PCoA, explicando significativamente tambem a diversidade (Alpha de Fisher), enquanto a riqueza de especies foi melhor explicada por zona. O estrato epifitico das tres campinaranas investigadas se mostrou bastante distinto entre areas e houve uma clara separacao na composicao floristica entre as zonas de copa e fuste dos forofitos.
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