Evolução das lesões valvares mitral e aórtica de pacientes com cardite subclínica e leve segundo avaliação dopplerecocardiográfica

2016 
Fundamentos: As cardites reumaticas leve (CRL) e subclinica (CRS) se diferenciam basicamente pela ausculta de sopro regurgitativo mitral. A evolucao destas formas nao esta bem estabelecida na literatura. Objetivo: avaliar a evolucao da CRL e CRS, considerando as valvites mitral e/ou aortica (fase aguda) e a regressao, manutencao ou piora destas ao final do seguimento (fase cronica). Metodos: estudo retrospectivo, longitudinal, incluindo pacientes com CRS e CRL.A evolucao ecocardiografica das valvites mitral e/ou aortica foi comparada nos dois grupos, considerando a analise ao final do seguimento. Foram utilizados o teste do qui-­quadrado e curvas de sobrevida de Kaplan-­Meier, com nivel de significância p < 0,05. Resultados: Foram incluidos 125 pacientes, sendo 69 (55,2%) com CRS e 56 (44,8%) com CRL, com media de idade na fase aguda de 10,4±2,6 anos e ao final do estudo 19,9±4,6 anos. O tempo de seguimento variou de dois a 23 anos (media: 9,38±4,3 anos). Na fase aguda, a regurgitacao mitral (RM) leve/moderada ou moderada foi mais frequente nos pacientes com CRL (p=0,001). A regurgitacao aortica (RAo) leve ou leve/moderada tambem foi mais comum no grupo de CRL (p=0,045). Na fase cronica, observou-­se que tanto RM (p<0,0001) quanto a RAo (p=0,009) foram mais frequentes nos pacientes com CRL e a sobrevida livre de valvopatia residual foi maior no grupo de CRS (p= 0,010). A RM residual foi maior no grupo de CRL p<0,0001) e a RAo residual foi semelhante nos dois grupos (p=0,099). Conclusao: A resolucao da RM foi maior nos pacientes com CRS e a involucao da RAo foi menos frequente e semelhante nos dois grupos.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []