Percursos de silêncios e vazios existenciais na arquitetura de paisagens fúnebres

2017 
As manifestacoes da morte e de estados funebres, lidos atraves do luto, dor, tristeza e sofrimento sao instâncias de representacoes distintas e indissociaveis no desenho da paisagem urbana. Ambas vigoram na cidade desde o seu surgimento; ambas estabelecem inequivocas relacoes entre vivos e mortos. Todavia, ao considerar o modus vivendi urbano contemporâneo, percebe-se a existencia de sentidos e significados, subordinados ao dominio da morte, que, por sua vez, sinalizam o modus de interpretacao e da representatividade de cada uma dessas ordens no cotidiano da cidade. Os estudos sobre a finitude humana instigam a formulacao de uma matriz analitica em que e possivel estabelecer, entre outras coisas, relacoes de interdependencia de atributos cotidianos da vida e da morte; ou seja, a existencia e ausencia, a angustia e alivio, a falta e substituicao, o aqui e o alem, que associados, projetam no ambiente construido a consciencia dos estados funebres que a paisagem pode adquirir. Nesse sentido compreende-se que a reflexao aqui proposta pretende transitar pelos conceitos referenciados a ideia de paisagem stricto sensu , como tambem as singularidades teoricas de estudos voltados a paisagem cultural que, em especial aos fragmentos dos espacos funebres da cidade, especialmente os espacos cemiteriais que ganham materialidade no espaco urbano e expressam a ordem da finitude da vida no nosso cotidiano.
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