ST9 - 374 A PRÁTICA URBANÍSTICA NO NACIONAL DESENVOLVIMENTISMO: VELHOS ENSINAMENTOS PARA O PRESENTE EM ANDAMENTO

2013 
Com a emergencia do novo desenvolvimentismo, as especulacoes em torno das similaridades e diferencas com o nacional-desenvolvimentismo parecem necessarias e mesmo inevitaveis. Os textos fundadores da nova estrategia admitem que, conquanto tenha suas origens no “velho” desenvolvimentismo, ela traz um olhar critico sobre a experiencia passada e busca adequar-se a realidade brasileira atual. Considerando esta premissa, o objetivo deste artigo e revisitar o periodo no qual prevaleceu o nacional-desenvolvimentismo (1950-1989) para entao extrair sua influencia e acao sobre a cidade e o urbano. Dito de outro modo, o nosso proposito e identificar seus modelos de pratica urbanistica, vistos aqui como conjuntos de principios, metodos, estruturas organizacionais, proposicoes e realizacoes. Neste sentido, sustentamos a hipotese de que o nacional-desenvolvimentismo fomentou a constituicao de tres modelos de pratica urbanistica: a ‘urbanizacao e renovacao’ (1950-1964); a ‘planificacao e tecnocracia’ (1964-1982); e a ‘participacao e regulacao’ (1982-1989). Repertoriar as especificidades de cada um desses contextos nos parece necessario porque, repousa na linha temporal entre o velho e o novo desenvolvimentismo, o ajuste politico-ideologico provocado pelo neoliberalismo, que tem sido capaz tanto de adaptar-se as crises como de absorver novas ideias em circulacao. Com esta historizacao, nos confrontamos com a indagacao sobre o fato de o novo desenvolvimentismo estar apto a reformular o modelo hegemonico ou vir, tao somente, a ampliar as tensoes no campo, pela simples agregacao de mais instrumentos e acoes ao ja caudaloso mosaico da pratica neoliberal.
    • Correction
    • Source
    • Cite
    • Save
    • Machine Reading By IdeaReader
    0
    References
    0
    Citations
    NaN
    KQI
    []