CONTROLE DE Tibraca limbativentris POR EXTRATOS PROTEICOS DE FOLHAS E SEMENTES DE Moringa oleifera

2018 
O Brasil destaca-se no ranking mundial em relacao a producao de Arroz. Na ultima safra foram colhida mais de 12 milhoes de toneladas, sendo a regiao Sul do Brasil, responsavel por 71 % dessa producao. O Tibraca limbativentris Stal, 1860 (Hemiptera: Pentatomidae) e considerado uma das pragas mais prejudiciais a cultura do arroz no Brasil. A picada do inseto na base da planta, na fase vegetativa, provoca o sintoma conhecido como “coracao-morto” e na fase reprodutiva a “panicula-branca”. O controle quimico, com organofosforados, tem sido o metodo mais eficiente no controle deste inseto. No entanto, essa pratica pode ocasionar diversas consequencias tanto a saude humana como ao ambiente. Neste contexto, observa-se a necessidade de desenvolver alternativas viaveis aos agroquimicos utilizados pelos produtores a fim de reduzir os impactos ambientais. Desta forma, o presente trabalho teve como principal objetivo, avaliar a acao de extratos proteicos de folhas e sementes de M. oleifera na mortalidade/repelencia de adultos de T. limbativentris em condicoes de laboratorio. Os extratos proteicos obtidos a partir de folhas e sementes foram quantificados pelo metodo de Bradford. Os experimentos foram realizados com tres tratamentos: extrato de folhas, extrato de semente e controle (tampao NaPB), com tres repeticoes cada, em delineamento completamente casualizado. Grupos de 50 insetos por repeticao, foram acondicionados em frascos de vidro revestidos por tecido tule/voil, contendo plantas de arroz da cultiva BR-IRGA. O tratamento consistiu da aplicacao, atraves de um borrifador manual, de 3,5 mL de cada um dos tratamentos. O numero medio de insetos mortos/repelidos, apos 24, 48, 120, 144 e 192 h foi contado e submetido a analise de variância e as medias comparadas pelo teste de Tukey a 5% de probabilidade, no programa computacional SISVAR 5.6. A mortalidade ao final das 192 horas com extrato proteico das folhas foi estatisticamente diferente, 20,9%, quando comparado  com o extrato de sementes que foi de 10,4%. O grupo controle apresentou uma mortalidade de 4,0%. Ambos os extratos proteicos de M. oleifera promoveram comportamento de fuga dos insetos, onde as porcentagens de insetos na base do frasco durante as primeiras 24 horas nos tratamentos de folhas (10%) e principalmente sementes (21,3%) foram estatisticamente diferentes do controle (0%). A bioatividade de repelencia nos tratamentos foi confirmada com o extrato proteico das sementes (IR=0,87) nas primeiras 24 horas. Nossos resultados indicam que o extrato proteico de folhas de M. oleifera foi toxico ao longo das 192 horas de exposicao, para adultos de T. limbativentris ocasionando mortalidade (20,9 %), enquanto que o extrato das sementes apresentou efeito repelente nas primeiras 24 horas.
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