Infecção pelo citomegalovírus em pacientes submetidos a transplante renal: Estudo de 20 casos

1996 
Para comparar a eficacia do metodo "shell vial assay" (SVA) em relacao a deteccao de anticorpos anti-citomegalovirus (ELISA) para o diagnostico da infeccao ativa pelo citomegalovirus (CMV), conduzimos um estudo prospectivo acompanhando 20 receptores de transplante renal ate o 6 los mes apos o transplante, com coleta rotineira de sangue e urina, alem de avaliacao clinica periodica. Noventa por cento dos pacientes entre doadores e receptores apresentava anticorpos anti-CMV antes do transplante. Apos a realizacao do transplante, 18/20 (90 por cento) dos receptores apresentou infeccao ativa pelo CMV, sendo apenas 2 destes pacientes sintomaticos (10 por cento). Das 18 infeccoes ativas, 3 foram infeccoes primarias (2 sintomaticas), sendo o enxerto o provavel veiculo. A deteccao de anticorpos fez o diagnostico em 88,9 por cento dos casos, sendo que IgM foi detectada em 4 pacientes. O SVA fez o diagnostico em 83,3 por cento dos casos, todos eles atraves de deteccao de viruria, nao havendo deteccao de viremia. Em 13 casos onde houve concordância entre os dois metodos, a deteccao de anticorpos diagnosticou a infeccao ativa em media 28 dias mais precocemente (50,8 X 78,5 dias, p=0,02). Concluimos que a infeccao ativa pelo CMV apos transplante renal e extremamente frequente em nosso meio e que o SVA nao e superior a deteccao de anticorpos (ELISA) neste diagnostico. (AU)
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