Declínio da velocidade da marcha e desfechos de saúde em idosos: dados da Rede Fibra
2019
RESUMO A velocidade da marcha (VM) tem sido considerada um marcador de saude em idosos capaz de predizer desfechos adversos de saude, mas a compreensao de fatores associados a ela ainda e limitada e controversa. O objetivo deste trabalho e identificar desfechos adversos de saude relacionados ao declinio da velocidade de marcha em idosos comunitarios. Trata-se de estudo transversal e multicentrico, que avaliou o autorrelato de doencas cronicas e de hospitalizacao no ultimo ano, polifarmacia e velocidade de marcha. Utilizou-se analise de regressao logistica para estimar os efeitos de cada variavel independente na chance de os idosos apresentarem declinio na velocidade de marcha inferior (VM<0,8m/s) (α=0,05). Participaram da pesquisa 5.501 idosos. A menor velocidade da marcha mostrou-se associada a portadores de doencas cardiacas (OR=2,06; IC: 1,67-2,54), respiratorias (OR=3,25; IC: 2,02-5,29), reumaticas (OR=2,16; IC: 1,79-2,52) e/ou depressao (OR=2,51; IC: 2,10-3,14), hospitalizados no ultimo ano (OR=1,51; IC: 1,21-1,85) e polifarmacia (OR=2,14; IC: 1,80-2,54). Assim, os resultados indicaram que idosos com velocidade de marcha menor que 0,8m/s apresentam maior risco de eventos adversos de saude. Dessa forma, sugere-se que a velocidade de marcha nao seja negligenciada na avaliacao de idosos comunitarios, inclusive na atencao basica.
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