“PROTEINOGRAMA DO SORO LÁCTEO, COM ÊNFASE EM PROTEÍNAS DE FASE AGUDA E IMUNOGLOBULINA G, EM CABRAS INFECTADAS COM Staphylococcus aureus por VIA INTRAMAMÁRIA”

2017 
Reconhecer enfermidades ainda na fase precoce e um crescente desafio. As proteinas de fase aguda (PFA) podem ser uteis para determinar o inicio do foco inflamatorio, fornecendo informacoes sobre a prevalencia de infeccoes e estabelecer prognosticos, pela observacao da magnitude e duracao da elevacao das PFA. Entretanto, muito pouco se sabe sobre a atuacao dessas proteinas na especie caprina. O estudo objetivou determinar o proteinograma do soro lacteo, em especial das PFA e imunoglobulina G (IgG), de cabras com mastite experimental induzida por Staphylococcus aureus , para verificar a importância dessas proteinas como indicadores precoces da infeccao mamaria nesta especie. Foram avaliadas 10 glândulas (metades) mamarias de 5 cabras da raca Saanen que receberam inoculo intramamario contendo 9,5 x 10 9 unidades formadoras de colonia (UFC) de S. aureus . O teto direito foi inoculado, e o teto esquerdo mantido como controle. As amostras de secrecao lactea foram obtidas no dia da inoculacao (M0), 24 horas (M1), 48h (M2), 72h (M3), 96h (M4), 120h (M5), 144h (M6) e 168h (M7) apos a inoculacao (PI). Em cada momento experimental, o leite foi avaliado por meio do teste da caneca de fundo escuro, California Mastitis Test (CMT), avaliacao microbiologica. Apos processamento laboratorial para obtencao do soro lacteo, foram determinados a concentracao de proteina total, pela tecnica do biureto, e o fracionamento proteico, por meio de eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sodio (SDS-PAGE). Foram abordadas sete proteinas, em funcao de sua importância clinica em ruminantes: lactoferrina, albumina, IgG, haptoglobina, caseina, β-lactoalbumina e α-lactoglobulina, alem de proteinas nao identificadas nominalmente, mas que destacaram-se nos resultados obtidos, sendo distinguidas pelo seu peso molecular de 11.000 e 21.000 kDa. Para as comparacoes entre os pares de medias foi empregado o teste de Dunnett (P<0,05). Os momentos de maior gravidade dos sinais clinicos ocorreram em M2 (48h PI) e M3 (72h PI), coincidindo com aumento da concentracao de haptoglobina, lactoferrina, PM21 e PM11 no soro lacteo. Embora marcante, a elevacao de haptoglobina, ela nao foi significativa em funcao do elevado desvio padrao que acompanhou os resultados. Ao contrario do que ocorre no soro sanguineo, a albumina comportou-se como proteina de fase aguda positiva, em funcao da mobilizacao para a glândula mamaria, induzida pela inflamacao e producao local. Concluiu-se que lactoferrina, albumina e proteinas PM 11.000 e 21.000 kDa foram precoces e confiaveis como marcadores da resposta de fase aguda no soro lacteo de cabras experimentalmente infectadas com S. aureus . Reconhecer enfermidades ainda na fase precoce e um crescente desafio. As proteinas de fase aguda (PFA) podem ser uteis para determinar o inicio do foco inflamatorio, fornecendo informacoes sobre a prevalencia de infeccoes e estabelecer prognosticos, pela observacao da magnitude e duracao da elevacao das PFA. Entretanto, muito pouco se sabe sobre a atuacao dessas proteinas na especie caprina. O estudo objetivou determinar o proteinograma do soro lacteo, em especial das PFA e imunoglobulina G (IgG), de cabras com mastite experimental induzida por Staphylococcus aureus , para verificar a importância dessas proteinas como indicadores precoces da infeccao mamaria nesta especie. Foram avaliadas 10 glândulas (metades) mamarias de 5 cabras da raca Saanen que receberam inoculo intramamario contendo 9,5 x 10 9 unidades formadoras de colonia (UFC) de S. aureus . O teto direito foi inoculado, e o teto esquerdo mantido como controle. As amostras de secrecao lactea foram obtidas no dia da inoculacao (M0), 24 horas (M1), 48h (M2), 72h (M3), 96h (M4), 120h (M5), 144h (M6) e 168h (M7) apos a inoculacao (PI). Em cada momento experimental, o leite foi avaliado por meio do teste da caneca de fundo escuro, California Mastitis Test (CMT), avaliacao microbiologica. Apos processamento laboratorial para obtencao do soro lacteo, foram determinados a concentracao de proteina total, pela tecnica do biureto, e o fracionamento proteico, por meio de eletroforese em gel de poliacrilamida contendo dodecil sulfato de sodio (SDS-PAGE). Foram abordadas sete proteinas, em funcao de sua importância clinica em ruminantes: lactoferrina, albumina, IgG, haptoglobina, caseina, β-lactoalbumina e α-lactoglobulina, alem de proteinas nao identificadas nominalmente, mas que destacaram-se nos resultados obtidos, sendo distinguidas pelo seu peso molecular de 11.000 e 21.000 kDa. Para as comparacoes entre os pares de medias foi empregado o teste de Dunnett (P<0,05). Os momentos de maior gravidade dos sinais clinicos ocorreram em M2 (48h PI) e M3 (72h PI), coincidindo com aumento da concentracao de haptoglobina, lactoferrina, PM21 e PM11 no soro lacteo. Embora marcante, a elevacao de haptoglobina, ela nao foi significativa em funcao do elevado desvio padrao que acompanhou os resultados. Ao contrario do que ocorre no soro sanguineo, a albumina comportou-se como proteina de fase aguda positiva, em funcao da mobilizacao para a glândula mamaria, induzida pela inflamacao e producao local. Concluiu-se que lactoferrina, albumina e proteinas PM 11.000 e 21.000 kDa foram precoces e confiaveis como marcadores da resposta de fase aguda no soro lacteo de cabras experimentalmente infectadas com S. aureus .
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