Avaliação do risco de extinção da anta brasileira Tapirus terrestris Linnaeus, 1758, no Brasil.

2012 
O estado de conservacao da anta brasileira, Tapirus terrestris (Linnaeus, 1758) – Tapiridae – foi avaliado de acordo com os criterios da IUCN (2001), com base nos dados disponiveis ate 2010. Sintese do processo de avaliacao pode ser encontrada em Peres et al. (2011) e em Beisiegel et al. (2012). As informacoes sobre a conservacao desta especie foram analisadas separadamente para cada um dos principais biomas brasileiros. Espera-se, com isto, fundamentar politicas de conservacao apropriadas a esta especie em cada regiao do pais. No Brasil, foi considerada Vulneravel (Vulnerable – VU) pelos criterios A2bcd + A3bcd, ou seja, em funcao de reducao populacional ocorrida no passado e projetada para o futuro. Nos biomas, a avaliacao levou as seguintes categorias: Menos preocupante (LC) na Amazonia; Em perigo (EN) na Mata Atlântica; Quase ameacada (NT) no Pantanal; Regionalmente extinta (RE) na Caatinga e Em perigo (EN) no Cerrado. A anta brasileira, assim como outras especies com ampla distribuicao geografica, sofre diferentes impactos e esta sob diferentes graus de ameaca ao longo de sua distribuicao no territorio brasileiro. Avaliar o estado de conservacao de especies de ampla distribuicao para todo o Brasil, em sua enorme dimensao, pode gerar resultados excessivamente otimistas baseados nas grandes populacoes remanescentes em biomas menos degradados tais como a Amazonia e o Pantanal. Estas avaliacoes abrangentes podem impedir que politicas publicas especificas para a conservacao destas especies em biomas e ecossistemas onde seu estado de conservacao esteja comprometido sejam desenvolvidas e adotadas. Podem ainda, mascarar a possibilidade de que populacoes ainda viaveis nao sejam protegidas e manejadas de forma a nao sofrer os mesmos impactos daquelas em ambientes mais impactados, dado o constante processo de intensificacao de pressoes antropicas sobre biomas brasileiros ainda relativamente bem conservados tais como o Pantanal e a Amazonia. Desta forma, as informacoes sobre o estado de conservacao da anta brasileira foram analisadas separadamente para cada um dos principais biomas brasileiros onde a especie ocorre, e avaliacoes regionais de estado de conservacao (IUCN 2003) foram feitas para cada bioma. Espera-se que, com isto, possamos prover subsidios para a fundamentacao de politicas de conservacao apropriadas a esta especie em cada regiao do pais (ver Desbiez 2010), para uma aplicacao previa da mesma metodologia).
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