444- ESCOLARIDADE E RENDA COMO FATORES ASSOCIADOS A ALTERAÇÕES FONOAUDIOLÓGICAS

Introducao: Fatores sociais afetam as condicoes biologicas individuais, os comportamentos de risco, as exposicoes ambientais e o acesso a recursos de promocao a saude e podem representar diferencas na expectativa de vida. Objetivo: Verificar a associacao de escolaridade e renda com alteracoes fonoaudiologicas auto-referidas. Metodos: Este estudo foi realizado por meio de entrevistas domiciliares com 543 adultos residentes em uma comunidade de Salvador, Bahia (Nordeste do Brasil). Esta comunidade nasceu a partir de uma ocupacao urbana e conta com aproximadamente 11 mil domicilios e uma populacao de cerca de 65 mil habitantes. O IDH (Indice de Desenvolvimento Humano) e considerado um dos piores da cidade de Salvador (0,664) e a esperanca de vida e de 62,08 anos. O estudo foi aprovado por Comite de Etica em Pesquisa e todos os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Resultados: Os resultados mostraram associacoes positivas e estatisticamente significantes entre escolaridade e queixas de alteracoes auditivas (RP=1,48 com IC95% 1,22-1,81) e de escolaridade e queixas de linguagem (RP=1,69 com IC95% 1,36-2,11). Tambem foram encontradas associacoes entre renda e queixas de alteracoes de motricidade oral (RP=1,34 com IC95% 1,13-1,60) e renda com queixas vocais (RP=1,24 com IC95% 1,08-1,44). Conclusao: Conclui-se que condicoes adversas de vida relacionam-se a alta prevalencia de disturbios fonoaudiologicos em comunidades sendo necessario um maior investimento em atencao a saude nas unidades publicas de atendimento.