A outra face do Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade

2015 
Resumo : E alta a procura pelo atendimento fonoaudiologico por sujeitos que, por terem desempenho escolar insatisfatorio, sao considerados portadores de “disturbios” ou de “dificuldades” de leitura e escrita. Muitos desses sujeitos, ao serem avaliados por medicos, acabam recebendo diagnostico de TDAH (Transtorno de Deficit de Atencao/Hiperatividade). Os estudos na area sao muito abrangentes e e possivel observar duas principais tendencias teorico-metodologicas que tentam explicar o problema. De um lado, estao os pesquisadores (organicistas) que acreditam no carater orgânico do TDAH e o tomam como um transtorno neurobiologico, de cunho genetico, responsavel pelo aparecimento de sintomas de impulsividade, hiperatividade e desatencao. De outro lado, estao pesquisadores que veem nesse diagnostico um processo de medicalizacao da educacao. A segunda vertente, que se enquadra em um paradigma socio-historico, preconiza que os problemas de atencao e aprendizagem ocorrem em virtude de questoes sociais, politicas e educacionais e nao decorrem, portanto, de aspectos de ordem biologica. O objetivo deste trabalho e realizar uma discussao em torno dessas duas visoes sobre o chamado TDAH e suas possiveis implicacoes para os processos de apropriacao da linguagem escrita por escolares. Propoe-se, desse modo, uma reflexao conceitual tomando por escopo dois paradigmas antagonicos.
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