Déficit estatural em crianças do povo Karapotó, São Sebastião, Alagoas, Brasil

2016 
Resumo Objetivo Descrever a prevalencia do deficit estatural entre criancas da povo karapoto. Metodos Estudo transversal, de base populacional, incluiu criancas entre seis e 59 meses da aldeia Plak‐O e do povoado Terra Nova, Sao Sebastiao (AL), feito entre 2008 e 2009. O deficit estatural foi avaliado pelo indice estatura/idade, adotou‐se como ponto de corte escore z≤−2. A prevalencia de deficit estatural foi determinada pela comparacao das frequencias simples e relativas. As curvas de crescimento da populacao foram comparadas com as curvas de referencia da OMS. A analise dos dados contemplou a variavel de desfecho estatura/idade e as variaveis preditoras local de moradia, sexo, idade, anemia, peso ao nascer, renda familiar, alfabetizacao materna. Para comparacao das variaveis categoricas dos grupos foi usado o teste do qui‐quadrado e o teste do qui‐quadrado com correcao de Yates para as variaveis dicotomicas, consideraram‐se como significância estatistica p ‐valores≤0,05. Resultados A prevalencia de deficit estatural foi de 15,6% para as criancas do povoado Terra‐Nova e 9,1% para as da aldeia Plak‐O. A prevalencia de deficit estatural da povo karapoto foi de 13,4%. As variaveis: alfabetizacao materna, renda familiar e baixo peso ao nascer se relacionaram estatisticamente com o deficit estatural. Conclusoes As prevalencias de deficit estatural verificadas sao expressivas, sao caracterizadas como problema de saude publica. Destacam‐se, entre os fatores associados, condicoes desfavoraveis de alfabetizacao materna, renda familiar e baixo peso ao nascer. O planejamento de estrategias para mudar a situacao precisa levar tais fatores em consideracao.
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