Avaliação da transferência passiva de anticorpos pela ingestão de colostro em equinos no Distrito Federal

2021 
No Brasil, o comercio que envolve a criacao e utilizacao do cavalo ocupa uma posicao de destaque, contando com um rebanho de 5,8 milhoes de cabecas e mobilizando ao ano R$ 16 bilhoes (MAPA, 2016). Neste contexto de importância da equideocultura, crescentes estudos cientificos alertam para melhorias tecnicas na qualidade produtiva da criacao dos equinos, em especial da vida fetal ate o nascimento. Isso porque 50% das perdas de um criatorio e reducao de produtividade estao relacionadas as Falhas de Transferencia de Imunidade Passiva (FTIP), evento concentrado nas primeiras horas de vida dos neonatos e sua adequada imunizacao via colostro materno (COHEN, 1994; GOMES et al., 2010). As FTIP elevam a ocorrencia de algumas enfermidades como enterites, pneumonias bacterianas, septicemia e artrite septica, caracterizadas por acometerem esses animais em suas primeiras tres semanas de vida, causando diminuicao na taxa de crescimento, perda de rendimento, podendo levar a obito e gerar grandes perdas economicas ao criador, considerando tambem os altos gastos com tratamento (NATH, ANDERSON, SAVAGE a MCKINNON, 2010). Para realizacao do experimento, foi coletada uma amostra de sangue de cada egua genitora, totalizando dez eguas, e amostras de seus respectivos potros logo apos o nascimento, as 12, 24 horas, 15 e 30 dias de vida e dosados os niveis de Proteina Totais e Fracoes. Nao foram observados casos de FTPI, dos potros analisados no experimento, dois apresentaram niveis elevados de proteinas plasmaticas totais e globulinas logo apos o nascimento, indicando exposicao intra-uterina a antigenos. Aos 30 dias de vida foi observado um aumento dos niveis de proteinas totais e globulinas nos potros, indicando uma producao endogena de imunoglobulinas maior do que o catabolismo de imunoglobulinas adquiridas. Tambem nao foi observada relacao entre os niveis de proteinas plasmaticas totais e globulinas das eguas genitoras e de seus respectivos potros apos a ingestao do colostro. Portanto, verificou-se que a oferta de colostro em tempo habil corrobora para um melhor aproveitamento do neonato, uma vez que este foi suficiente para prover a imunidade necessaria, porem, esta imunidade nao se prolongou, indicado pela elevacao de globulinas endogenas aos 30 dias. Isso pode se dar pela qualidade do colostro, que nao foi suficiente para suprimir a imunidade endogena do potro. Dessa forma se faz importante a analise do colostro em estudos futuros, definindo a relacao de sua qualidade com os niveis sericos de imunoglobulinas maternas e quantificando quanto dessas imunoglobulinas efetivamente chega ao neonato.
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