FATORES DE RISCO PARA HIV/AIDS EM MULHERES NO BRASIL

2015 
Introducao: No Brasil, desde a identificacao do primeiro caso de AIDS, em 19801, mais de 600 mil casos foram identificados no pais ate junho de 2011 – taxa de incidencia: 17,9/100 000 habitantes. A historia da epidemia do HIV/AIDS tem se mostrado bem dinâmica, visto que a relacao entre o sexo masculino/feminino vem diminuindo – 40/1 em 1983 para 1,5/1 em 20073. Sendo que o uso de drogas facilita a propagacao desse virus diretamente – atraves dos usuarios de drogas injetadas (UDI) – e/ou indiretamente, pelo uso de substâncias, que reduz a percepcao do risco e a capacidade de negociar sexo seguro, e pode, assim, mediar a infeccao pelo HIV, alem disso, mulheres usuarias de drogas sao mais propensas a trocar sexo por drogas e dinheiro. Resultados: Fatores como: ser UDI, compartilhamento de seringas, relacoes sexuais com UDI, baixo nivel socioeconomico e educacional, conflitos com a familia e/ou com a comunidade, ter varios (as) parceiros (as) sexuais, relacoes sem preservativos, utilizar drogas ilicitas e iniciar a vida sexual precocemente (antes dos 12 anos) sao comuns para infeccao do HIV. Variaveis exclusivas ao sexo feminino: recebimento de dinheiro ou drogas para esse servico; historias de gravidez ou aborto antes do diagnostico de AIDS; ter tido alguma violencia sexual durante a vida. O envolvimento precoce da populacao em atividades ilicitas (sexo comercial, uso de drogas e trafico de drogas), influencia nos padroes de consumo de drogas e envolvimento em atividades de alto risco. No caso das profissionais do sexo, o medo da violencia/abuso de clientes influencia na decisao de sexo seguro, principalmente se estiver em sinergia com as drogas. Mesmo utilizando preservativo com os clientes, essas profissionais, nao utilizam com cafetoes, nem com parceiros que tenha uma maior frequencia de encontros ou com clientes que “pagam bem”. Malta et al, 2010, relata que essa populacao tem muitas dificuldades, como o estigma nas unidades de saude contra o habito de uso de drogas e envolvimento no sexo comercial, o preconceito diante da AIDS e as dificuldades para ter acesso ao servico publico de saude (principalmente proximo a favelas). A dificuldade do uso de preservativos nao esta associada ao desconhecimento das formas de transmissao do HIV ou a falta de informacao sobre a eficacia do preservativo - nao sendo suficiente para influenciar as pessoas. Uma das dificuldades encontrada pelas mulheres seria convencer os parceiros a usar camisinha. 80% dos adolescentes do sexo feminino relataram ter tido relacoes sexuais sem preservativos. Por isso, a implementacao de medidas de prevencao ainda e minima, indicando a necessidade de desenvolver e manter atividades que visam em curso de educacao e aconselhamento, principalmente para populacao feminina jovem. Conclusoes: Diante disso, a AIDS e a dependencia de drogas, necessita do desenvolvimento de politicas publicas de prevencao de impacto que atinjam as peculiaridades sociais e culturais, na qual esta implicada a vulnerabilidade feminina. Necessitando, tambem, de mais pesquisa, para conhecer mais a fundo sobre a dinâmica social da AIDS e das drogas.
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