Dificuldades para determinaçäo do prognóstico clínico de pacientes diabéticos com base na atençäo médica de rotina

1994 
A reducao da morbimortalidade pelo diabetes mellitus (DM) depende, em parte, da qualidade assistencial na pratica medica cotidiana. A partir desta pratica foram medidos os prognosticos de diabeticos atendidos por tres modalidades assistenciais. Os dados foram coletados dos prontuarios de 85 diabeticos do setor publico, 83 do privado e 152 de convenios. Todos tinham idade > 50 anos em 1989 e > l ano de diagnostico. Com base nas frequencias observadas (FO) e nas frequencias maxima (FM) e minima (Fm) possiveis foram medidos prognosticos para neuro, nefro e retinopatia diabeticas, hipertensao e cardiopatia. Aceitacao ou rejeicao dos prognosticos dependeram da gravidade da complicacao e da magnitude da razao FM/Fm. Medias de idade ao diagnostico, de duracao conhecida da doenca e de consultas anuais foram semelhantes (p > O,O5) nos tres grupos e o tempo medio de acompanhamento variou entre 1,6 e 3,4 anos. As frequencias de pacientes nao examinados para complicacoe, na evolucao, variaram entre 12,5 por cento (hipertensao) e 51,9 por cento (retinopatia) no setor publico; de 21,5 por cento (cardiopatia) a 39,4 por cento (neuropatia) no privado e de 25,5 por cento (nefropatia) a 36,5 por cento (hipertensao) nos Convenios. Em conclusao, 1() as razoes FM/Fm foram elevadas, rejeitando-se todos os prognosticos medidos com base na assistencia medica rotineira, exceto para hipertensao (setor publico), cujas FO, FM e Fm mostraram-se proximas (28,6; 37,5 e 25 por cento, respectivamente) e com razao FM/Fm = 1,5; 2() com o padrao assistencial vigentes para pacientes diabeticos torna-se dificil medir prognosticos e reduzir morbimortalidade.
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