Produção e qualidade da couve de folha consorciada com quiabeiro em sistema orgânico

O presente estudo teve por objetivo avaliar a influencia do consorcio entre couve de folha e quiabeiro nas caracteristicas produtivas e fisico-quimicas da couve de folha sob manejo orgânico. O estudo foi dividido em duas fases: Primeiro a conducao da cultura a campo e a segunda pelas analises laboratoriais. O experimento foi conduzido em delineamento de blocos ao acaso com quatro repeticoes. Os tratamentos foram constituidos dos consorcios (T1 = tres linhas de couve com quiabeiro nas entrelinhas, T2 = tres linhas de couve com quiabeiro a cada duas entrelinhas, T3 = tres linhas de couve com quiabeiro adensado nas entrelinhas, T4 = tres linhas de couve com quiabeiro adensado a cada duas entrelinhas) e monocultivos (T5 = tres linhas de couve, T6 = quiabeiro e T7 = quiabeiro adensado). Nos monocultivos, a couve e o quiabeiro possuiam espacamento entre linhas de 1,20 e de 0,50 m entre plantas. O quiabeiro adensado estava no espacamento entre plantas de 0,25 m. Nos consorcios, as linhas de plantio estavam afastas entre si a uma distância de 0,60 m. Ambas as culturas foram implantas por mudas, sobre palhada de aveia. As avaliacoes foram realizadas ate os 147 dias apos o transplante (DAT). Na couve foi avaliada a altura, numero de folhas, massa fresca e seca das folhas, area foliar e produtividade comercial e nao comercial. Para o quiabeiro foi avaliado a altura a massa fresca de frutos e produtividade. Tambem foi calculado o indice de uso eficiente da terra (UET). Na avaliacao das caracteristicas fisicoquimicas da couve de folha foram determinadas as seguintes caracteristicas: solidos soluveis, potencial hidrogenionico, acidez titulavel, acido ascorbico e pigmentos (clorofila a, b total e carotenoides totais) e o indice relativo de clorofila (indice SPAD). O maior numero de folhas comerciais foi observado em T3. A produtividade comercial da couve folha foi em media de 20,30 t ha-1. Para o quiabeiro a menor produtividade foi observada no T2 (3,26 t ha-1). Os consorcios reduziram a massa de frutos de quiabo por planta nos tratamentos, a produtividade foi maior no T3 em decorrencia da maior densidade de plantas. Todos os consorcios apresentaram UET acima de um com ganhos variado de 16 ate 60% de eficiencia produtiva. Os consorcios influenciaram no pH, o T5 foi maior ao longo das epocas, para o teor de solidos soluveis os tratamentos T1 e T4 foram maiores aos 82 e 101 DAT com 8,63 e 8,36 °Brix respectivamente. Nao foi observada alteracao na acidez titulavel, para o acido ascorbico, pigmentos fotossinteticos (clorofila a, b total e carotenoides totais) e indice SPAD, a diferenca ocorreu somente em nas epocas (50, 80,110 e 140) DAT.