Uma “revolução conservadora”? O populismo como “patologia da democracia” e o bolsonarismo em perspectiva histórica

2019 
Este artigo tem por objetivo analisar os populismos autoritarios a partir da perspectiva da teoria politica. Argumentamos que os discursos de odio formam parte estruturante – e nao apenas acessoria – da retorica e da governanca populista. Na primeira parte, revisitamos as obras de Claude Lefort e Pierre Rosanvallon para examinar as nocoes indeterminacao democratica e de patologia da democracia . Para esses autores, e a natureza indeterminada e inacabada da democracia que esta na origem de multiplos desencantos com esse regime politico, assim como de tentativas de realiza-la a partir de simplificacoes da ideia democratica. Essas simplificacoes se traduziram frequentemente em solucoes nao democraticas ou francamente autoritarias. Na segunda parte, examinamos especificamente o bolsonarismo e a ideia de uma suposta “revolucao conservadora” que seus “lideres” reivindicam estar levado a cabo.
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