Pesca de emalhe e conservação de recursos pesqueiros: um estudo de caso no litoral sul do Brasil

2021 
Frota de pequena escala sediada em Matinhos (PR), operante com redes de emalhe, foi monitorada em 2014/2015. As redes possuem tamanhos de malha variando de 5 a 45 cm entre nos opostos, altura de 2 a 25 m, comprimento total de 400 a 4.000 m. Quatro modalidades de uso sao comuns: fundeio e caceio (passivas), cerco e caracol (ativas). Tais modalidades sao empregadas em sete tecnicas, reunindo combinacoes de petrechos, locais de operacao e sazonalidade, para capturar determinados recursos. Sao pescarias multiespecificas, envolvendo ao menos 34 especies de teleosteos e 11 de elasmobrânquios (maioria capturada na modalidade fundeio e como fauna acompanhante). Tainhas, pescadas, linguados e cacoes estao entre os recursos-alvo. No entanto, certos recursos sao alvos numa modalidade, mas fauna acompanhante noutra. Em consequencia das peculiaridades das tecnicas, individuos pequenos sao vulneraveis as malhas maiores, e os maiores, as malhas menores, fatos que dificultam o manejo por tamanho. Segundo categorias IUCN, tres recursos tratam-se de especies NT; sete VU; um EN; e dois CR. A  tecnica de fundeio malha 10 incide sobre tres deles. A malha 18 sobre nove, no inverno e/ou primavera. Embora, ao menos 41 recursos ocorram permanentemente na regiao, a pesca de emalhe incide mais intensamente sobre 17,  indicando que o rodizio de tecnicas pode refletir uma menor pressao de pesca sobre a comunidade ictiica local. Recomenda-se reducao do esforco de pesca da rede com malha 18 na tecnica de fundeio no final de inverno e na primavera por capturar proporcionalmente um maior numero de especies ameacadas.
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