NIETZSCHE E A CRÍTICA À IDEIA DE PROGRESSO E AO HISTORICISMO DO SÉCULO XIX: PARA UM NOVO IDEAL DE CULTURA (BILDUNG)

2014 
Em suas reflexoes sobre a cultura alema do seculo XIX, Friedrich Nietzsche percebe que tal cultura havia sido corroida por um falso ideal que, na analise do filosofo, desembocou em um filisteismo e na perca da dimensao filosofica que uma existencia legitima requer. Partindo de tais constatacoes, procurar-se-a examinar a critica de Nietzsche a dois elementos que o mesmo censura veementemente na sociedade de sua epoca: primeiramente, avaliar-se-a as consideracoes do filosofo ao excesso de memoria e a confianca que a sociedade de sua epoca depositava no historicismo oitocentista. Para Nietzsche, este se tratava de um ponto perigoso, pois instituicoes como o Estado se valiam do conhecimento historico para promover a uniformizacao dos individuos, promovendo assim, um apego ao passado e as tradicoes que os impediam de pensar existencialmente sua condicao humana. Desse modo, para situar o historicismo que provavelmente e criticado por Nietzsche, far-se-a uma analise do conceito e suas principais caracteristicas a partir de Gadamer, Wehling e Caldas. Em segundo lugar, a filosofia da historia que concebe a realidade como um plano evolutivo. Neste caso, a cultura alema do seculo XIX seria vista como sendo o ideal de uma cultura refinada e superior; contudo, o filosofo problematiza com esta concepcao e aponta suas debilidades, sobretudo no que tange o fato de seus contemporâneos, por acharem que viviam em uma sociedade que seria uma especie de resultado das melhores comunidades do passado, encontravam-se incapacitados de desenvolver uma reflexao profunda sobre o seu modus vivendi. Desse modo, a partir de Kant e Bittencourt, ver-se-a a ideia de progresso de que o genero humano esta sempre em evolucao.
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