A EXPOSIÇÃO CRÔNICA A BAIXAS CONCENTRAÇÕES DE HgCl2 AUMENTA O ESTRESSE OXIDATIVO NA PRÓSTATA E NO DUCTO DEFERENTE DE RATOS
2013
Os efeitos toxicos do mercurio podem ser observados em diferentes orgaos e sistemas e, podem estar relacionados com o aumento do estresse oxidativo. A prostata e o ducto deferente sao importantes para o perfeito funcionamento das funcoes reprodutivas. Nao esta claro se o mercurio, principalmente em baixas doses, e capaz de causar efeitos toxicos nestes orgaos reprodutivos. Tendo como objetivo avaliar os efeitos da exposicao cronica a baixas concentracoes de cloreto de mercurio (HgCl2) sobre a producao de especies reativas de oxigenio (EROs) e atividade das defesas antioxidante em prostata e ducto deferente de ratos. Foram utilizados 20 ratos machos Wistar adultos divididos em dois grupos e tratados por 30 dias: a) HgCl2 (im) primeira dose de 4,6 µg/kg, as doses subsequentes 0,07 µg/kg/dia b) Controle (solucao salina, im). Foram avaliados na prostata (P) e ducto deferente (D): a atividade das enzimas antioxidantes superoxido dismutase (SOD) e catalase (CAT) e, os niveis de peroxidacao lipidica e de tiol nao-proteico (NPSH). A exposicao cronica a baixas doses de mercurio aumentou a atividade da SOD (P: 13.9 ± 2.3 vs 33.1 ± 1.2; V: 25.9 ± 1.7 vs 34.6 ± 1.7 U/mg proteina) e os niveis de malondialdeido (P: 7.7 ± 0.9 vs 14.3 ± 1.5; V: 24.8 ± 2.9 vs 57.1 ± 2.5 nmol de MDA/g de tecido). Nao foram observadas diferencas nos demais parâmetros avaliados. A exposicao a baixas doses de mercurio promoveu aumento do estresse oxidativo na prostata e no ducto deferente. Este resultado e semelhante ao observado na exposicao a altas doses de mercurio. Observa-se, pela primeira vez, que a exposicao cronica ao mercurio, em doses similares a exposicao humana, foi capaz de aumentar o estresse oxidativo no sistema reprodutor de ratos e pode comprometer o potencial fertil desses animais.
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