PAISAGENS POLARES NÃO GLACIAIS (PROGLACIAL, PARAGLACIAL E PERIGLACIAL): REVISÃO DE CONCEITOS E CONSTRIBUIÇÕES DA PESQUISA PEDOGEOMORFOLÓGICA BRASILEIRA

2019 
O trabalho teve como objetivo discutir com base na literatura a origem e evolucao dos conceitos proglacial, paraglacial e periglacial, elucidando as formas e processos atuantes e as questoes e criticas inerentes a cada um deles. Ao longo dos anos os tres termos foram empregados de forma redundante e sobreposta, mesmo refletindo conjunturas ambientais distintas, com criterios diagnosticos diferentes. Ademais, mesmo com a participacao crescente de pesquisadores brasileiros em trabalhos na Antartica, as discussoes epistemologicas acerca desses ambientes ainda constituem lacuna nas publicacoes nacionais. A paisagem proglacial corresponde a area pioneira em receber os produtos da glaciacao e este se revela um ambiente prioritariamente deposicional. E um ambiente complexo totalmente ajustado aos processos fluviais, lacustres e marinhos que ocorrem imediatamente adjacente ao glaciar e consequentemente o dominio proglacial acompanha a movimentacao da margem do gelo. A paisagem paraglacial nao e definida nem por processos nem pela localizacao, mas sim pela trajetoria de reajustes da paisagem, adotando o criterio tempo. Dessa forma, a paisagem paraglacial esta em processo de transicao, recuperando-se dos disturbios da glaciacao. Por fim, a paisagem periglacial e aquela com atuacao de ciclos de congelamento e descongelamento ( frost action ) e congelamento sazonal do terreno, podendo possuir ou nao permafrost .
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