MEGNINIA GINGLYMURA (ACARI: ANALGIDAE) E SUA LOCALIZAÇÃO NO CORPO DE GALINHAS POEDEIRAS MANTIDAS EM GRANJAS
2014
A avicultura esta em continuo crescimento no Brasil, caracterizando-se pela criacao de galinhas para corte e para producao de ovos in natura e industrializados. O estado do Rio Grande do Sul esta em segundo lugar na producao brasileira e na exportacao de ovos, representando importância economica. As inovacoes tecnologicas que o mundo esta implementando provocou mudanca nos sistemas de confinamento das galinhas poedeiras exigindo no mesmo espaco maior producao. O acaro Megninia ginglymura e um ectoparasita que infesta galinhas confinadas, vivendo sobre as penas e se alimentando delas. Desta forma, ocorre uma significativa perda de produtividade, pois as aves ficam mais agitadas e gastam energia se debatendo e tentando eliminar os acaros de seu corpo. O objetivo deste trabalho foi conhecer a distribuicao de M. ginglymura no corpo de galinhas poedeiras em diferentes formas de confinamento em uma granja do municipio de Lajeado, Rio Grande do Sul. Foram realizadas coletas quinzenais em seis aviarios com diferentes formas de confinamento, sendo tres deles automatizados, um de galinhas poedeiras mantidas livres (223caipira224) e dois semiautomatizados. Um aviario semiautomatizado foi mantido como testemunha e nao recebeu nenhum tipo de pesticida ao longo das avaliacoes. Foram coletadas penas de dez galinhas/aviario, sendo cinco aves do lado direito da bateria de gaiolas e cinco do esquerdo. Foram retiradas penas das seguintes regioes da ave: asa, cloaca, dorso, pescoco e ventre. Cada pena foi individualizada num frasco com alcool 70%. No laboratorio, o conteudo do frasco foi despejado em um funil de papel filtro qualitativo e realizada a triagem do material com auxilio de um microscopio estereoscopico. Os especimes M. ginglymura foram contados e apenas 20 especimes/pena montados em lâminas com o meio de Hoyer e diafanizados em estufa por um periodo minimo de seis dias. A identificacao foi realizada com o uso de chaves dicotomicas em microscopio optico com contraste de fases. Foram encontrados 26.148 especimes de M. ginglymura distribuidos da seguinte forma: 10,06% no modelo automatizado, 24,18% no caipira, 39,86% no semiautomatizado testemunha e 25,88% no outro sistema semiautomatizado. No modelo automatizado foram observados 0,53 acaros/pena na asa, 2,36 na cloaca, 2,45 no dorso, 1,06 no pescoco e 2,36 acaros/pena no ventre. O modelo 223caipira224 apresentou 4,15 acaros/pena na asa, 15,68 na cloaca, 24,32 no dorso, 6,62 no pescoco e 19,52 acaros/pena no ventre. No semiautomatizado testemunha observou-se 7,26 acaros/pena na asa, 19,45 na cloaca, 34,57 no dorso, 21,11 no pescoco e 21,84 acaros/pena no ventre. O outro semiautomatizado apresentou 2,58 acaros/pena na asa, 13,79 na cloaca, 25,26 no dorso, 11,3 no pescoco e 14,76 acaros/pena no ventre. Conclui-se que as maiores infestacoes de M. ginglymura foram observadas no dorso das galinhas em todos os modelos de criacao avaliados e menores quantidades sempre estiveram associadas as asas. Maiores populacoes foram observadas no modelo semiautomatizado testemunha.
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