A MULHER E O “FAZER CIÊNCIA”: UMA ANÁLISE DE FILMES DE COMÉDIA NO ENSINO FARMACÊUTICO

2016 
O artigo busca entender a representacao das mulheres, e sua ausencia no campo cientifico, em cinco filmes de comedia que foram utilizados como subsidio para um estudo de caso em apoio ao ensino de Deontologia Farmaceutica. Os filmes selecionados foram: “ O inventor da mocidade” (1952), “ O professor aloprado” ( 1963), “ Junior ” (1994), “ O professor aloprado” (1996) e “ Sem sentido” (1998). Os filmes foram centrados em experimentos com substâncias terapeuticas, nos quais o cientista responsavel pela pesquisa era sempre um homem. Durante a apresentacao da resolucao do estudo de caso observou-se que, mesmo a maioria dos alunos sendo mulheres, estas nao percebiam tal fato, salvo quando alertadas. Isso pode indicar que potenciais cientistas percebem como natural a menor representatividade da mulher nas ciencias. O caminho encontrado para balizar a discussao repousa na critica feminista cinematografica denominada “ Male gaze ” e em outros referenciais nas relacoes de tecnociencias. A analise dos filmes demonstrou que, apesar de produzidos em um intervalo de 46 anos, neles as mulheres foram retratadas de forma passiva e excluidas dos espacos de destaque por mecanismos de hierarquizacao e opressao. Assim, o cinema de comedia pode contribuir na formacao humanistica, almejada pelas atuais Diretrizes Curriculares Nacionais de Farmacia, com atencao especial voltada para conscientizar a categoria de que o posto de cientista do medicamento e tambem de protagonismo da mulher farmaceutica. DOI: 10.12957/demetra.2016.22464
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