Utilização de espécies de Asteraceae por comunidades rurais do nordeste do Brasil: relatos em Camocim de São Félix, Pernambuco

2013 
Asteraceae, com aproximadamente 2.000 especies registradas no Brasil, destaca-se nos estudos etnobotânicos, posicionando-se quase sempre entre as quatro familias com maior numero de especies na flora util, principalmente para fins medicinais. Neste estudo investigou-se a importância dessa familia em quatro comunidades rurais do municipio de Camocim de Sao Felix, em um brejo de altitude, no agreste de Pernambuco. Os trabalhos de campo foram realizados no periodo de dezembro de 2010 a maio de 2011. Para a coleta dos dados etnobotânicos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 50 moradores, de ambos os sexos, na maioria agricultores, com renda familiar inferior a um salario-minimo, sendo coletadas as especies por eles citadas. Os entrevistados mostraram um diversificado conhecimento sobre as Asteraceae, citando 19 especies, nas seguintes categorias: medicinal (12), ornamental (6), tecnologica (3) e alimenticia (2), algumas delas incluidas em mais de uma categoria. Acanthospermum hispidum DC., especie ruderal conhecida como espinho-de-cigano, foi a planta mais citada como medicinal, indicada para o tratamento de problemas respiratorios, infeccoes, doencas renais e odontalgias. As especies Dahlia pinnata Cav., Tagetes erecta L. e Zinnia elegans Jacq. sao utilizadas como ornamentais. Lactuca sativa L. (cultivada) e Emilia sonchifolia (L.) DC. (daninha) foram as unicas citadas como alimenticias e Conyza bonariensis (L.) Cronquist, Egletes viscosa Less. e Parthenium hysterophorus L. foram citadas para fins tecnologicos.
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