Entre a individualização e a multiplicidade: possibilidades de rupturas com os modos de gestão e administração dos corpos infantis

2012 
Situando as formas de gestao da infância considerada em risco, problematizamos o funcionamento de uma instituicao de assistencia e seus efeitos no processo de subjetivacao. Criada para gerir as virtualidades do comportamento das criancas pobres, visibiliza-se a tecnologias politicas caracteristicas do modo disciplinar: a vigilância evidencia-se na presenca de câmeras, muros altos, cercas eletricas e no olhar dos educadores; a sancao normalizadora se destaca nas praticas corretivas visando a normalizacao dos corpos; as reunioes pedagogicas podem ser comparadas ao exame, na medida em que produzem dossies dos comportamentos individuais, ressaltando caracteristicas consideradas perigosas antecipa-se a administracao e producao de individuos doceis, uteis, produtivos, aplicando modelos identitarios. Acompanhando as linhas dos saberes e das relacoes de poder que constituem esse espaco, utilizamos a genealogia na analise das praticas discursivas que atravessam a sociedade em sua construcao historica; a genealogia nos permite alcancar movimentos presentes no processo de consolidacao do governo da vida, e, tambem, a desconstrucao de praticas hegemonicas. Na tentativa de escapar ao instituido, propusemos a realizacao de atividades artisticas e culturais dentro de um processo de construcao coletiva, enquanto estrategia de resistencia e enfrentamento a logica dominante, consolidando praticas que favorecem a potencializacao da vida em suas multiplas possibilidades.
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