QUALIDADE DE VIDA DE INTOLERANTES À LACTOSE NA FAIXA ETÁRIA PEDIÁTRICA EM UMA CAPITAL DO NORDESTE

Introducao - A intolerância a lactose e uma deficiencia ou ausencia de lactase, enzima faz a hidrolise da lactose, em glicose e galactose, contribuindo na absorcao de micronutrientes. A lactose e o principal componente do leite, alimento essencial na dieta pediatrica (GALEGO et al., 2015). Caso nao ocorra a hidrolise, como acontece no caso da intolerância, a lactose ira diretamente para o colon, onde ocorrera a fermentacao pelas bacterias intestinais, que dara origem a uma producao exacerbada acidos orgânicos e gases (SA et al., 2014). Existem tres tipos de intolerância a lactose, que sao diferenciadas de acordo com suas causas. As principais manifestacoes sao flatulencias, diarreia e inchaco (MATTAR e MAZO, 2010). Segundo a American Academy of Pediatrics (2006), o diagnostico consiste em anamnese minuciosa e exames laboratoriais, e a restricao parcial ou total do leite e seus derivados e suficiente para controlar os sintomas, sendo considerado o principal tratamento (American Academy of Pediatrics, 2006). Material e Metodos – Foi realizada uma revisao bibliografica nas bases de dados Scielo, PubMed, Lilacs, com o operador boleano “and” e as palavras-chave “intolerância a lactose”, “qualidade de vida” e “intolerância a lactose na faixa pediatrica”. Foram aplicados questionarios sobre a qualidade de vida de intolerantes na faixa pediatrica. De inicio, conversamos com oitenta pacientes no ambulatorio de um Hospital Universitario, dos quais cinquenta e cinco aceitaram participar do estudo. A interpelacao, que teve como base o questionario de qualidade de vida SF-36 e SF-12, foi composta por 10 questoes objetivas. Resultados – Houve prevalencia do sexo feminino em relacao ao sexo masculino, 64,8% e 35,2% respectivamente. Com relacao a etnia, a maioria foi pardos (46,3%), seguida de brancos (37,0%) e negros (16,7%). Levando em conta a faixa etaria, vinte e dois na faixa etaria de zero a seis meses, quatorze de sete a doze meses, dezessete de treze meses a vinte e quatro meses, e 2 pacientes acima de dois anos. Quando questionados com relacao a saude pos-diagnostico de intolerância a lactose, a maioria das pessoas respondeu que a saude se encontrava melhor (76%), 22,2% declararam que nao houve nem melhora nem piora apos o diagnostico, e apenas 1,8% relataram piora. No que se refere a frequencia dos sintomas apos ingestao de lactose, 50% disseram apresentar as vezes, 38,8% sempre apresentam sintomas e 11,1% nunca apresentam. Com base na intensidade das manifestacoes clinicas, 50% responderam que os sintomas sao graves. No que concerne a interferencia da intolerância nas atividades diarias, 46,3% dos questionados disseram nao interferir, 29,7% relataram interferir pouco e 24% responderam que interfere muito. Finalizando, foram questionados sobre a interferencia do disturbio na saude mental, obtendo-se 45,3% nao interfere, 41,5% interfere moderadamente e 13,2% acham que interfere muito. Foi observado que e de grande importância o acompanhamento no ambulatorio especializado, assim como as condutas terapeuticas, no intuito de melhorar a convivencia da crianca com a doenca, de modo a interferir o minimo possivel no seu cotidiano.