Carcinoma espinocelular : características clínicas intra-orais e demográficas em uma população do Sul do Brasil e potenciais interações com as células endoteliais linfáticas

2013 
Esta dissertacao foi dividida em dois trabalhos distintos, os quais podem ser resumidos da seguinte maneira: Artigo 1: O carcinoma espinocelular oral (CEO) e o tumor maligno mais prevalente na cavidade oral, sendo um importante problema de saude publica. O objetivo deste estudo foi avaliar o perfil clinico e epidemiologico dos casos registrados de CEO em um centro de diagnostico clinico e histopatologico, localizado no Sul do Brasil. Oitocentos e seis individuos com CEO e suas variantes histologicas foram incluidos neste estudo, num periodo entre 1959 e 2012. As variaveis anotadas dos arquivos foram: idade, sexo, cor da pele, sitio, tamanho, tempo de evolucao (relatado pelo paciente), assim como a presenca de dor, linfonodos palpaveis, habitos de tabagismo e etilismo, e a profissao. CEO foi mais prevalente em homens (76,6%), com a maioria dos casos distribuidos entre os 51 e 70 anos de idade (53,9%). Os sitios mais prevalentes foram vermelhao do labio inferior [23,3% (20,4; 26,4)], seguido por borda lateral/ventre de lingua [20,2% (17,5; 23,2)], gengiva/rebordo alveolar [18,1% (15,5; 21,0)], e assoalho bucal [14,9% (12,5; 17,5)]. Foi encontrada uma forte associacao entre ocupacoes ao ar livre e CEO de vermelhao de labio inferior. As lesoes localizadas na lingua, gengiva/rebordo alveolar e assoalho bucal foram comumente mais dolorosas, maiores que 2 cm, a frequentemente apresentavam envolvimento de linfonodos. A maioria dos nossos resultados confirmam os dados da literatura. O autoexame bucal deveria ser recomendado e campanhas de prevencao e deteccao precoce do CEO deveriam ser realizadas periodicamente na tentativa de aumentar o sentimento pessoal em relacao ao CEO. Artigo 2: Dentro do microambiente tumoral (MT), as celulas neoplasicas estao numa constante crosstalk com celulas endoteliais linfaticas (CELs) e sanguineas a fim de permitir o crescimento tumoral e metastase. Supondo que haja um crosstalk entre as CELs e as celulas do carcinoma espinocelular (CE) que exerce um importante papel na metastase, nosso objetivo foi identificar potenciais interacoes entre as CELs e linhagens celulares de CE, atraves de alguns ensaios in vitro. Celulas endoteliais linfaticas primarias adultas humanas da microvasculatura dermica (HMVECs) e as linhagens de CE A431, UM-SCC-1, UM-SCC-22A e UM-SCC-22B foram cultivadas nos seus meios especificos. UM-SCC foram tratadas com rhIL-6, sendo a expressao de VEGF-C verificada por Elisa. Producao natural de IL-6 pelas HMVECs foi avaliada da mesma maneira. A presenca de receptor de IL-6 (IL-6R) foi analisada por Western Blot nas linhagens UM-SCC. Meios condicionados(MC) das HMVECs foram preparados com diferentes tratamentos e incubados com a linhagem A431, a fim de verificar a atividade genatinolitica das MMPs por zimografia. Nossos resultados demonstraram que ha interacoes entre as celulas tumorais e as CELs, uma vez que MC-CELS foram capazes de aumentar a atividade genatinolitica da MMP-2. Alem disso, nos mostramos que as CELs secretam IL-6, e diferentes linhagens de CE possuem receptores para esta citocina. Sendo assim, nossos resultados indicam potenciais interacoes entre as LECs e as celulas tumorais, sendo necessario outros estudos para elucidar as vias de sinalizacao envolvidas
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