A historicidade do indígena na Capitania do Espírito Santo: a construção da desumanização e a invisibilidade do outro
2013
Neste artigo, discutiremos como era tratada, a partir dos escritos europeus, a historicidade das populacoes indigenas na Capitania do Espirito Santo, entre os seculos XVI e XVIII, por meio da comparacao entre a obra de cronistas como Gabriel Soares de Souza, Pedro Gandavo, de jesuitas e de autores do seculo XIX, como Von Martius, Spix, e Adolfo de Varnhagen. A partir dessa comparacao, identificou-se um gradual processo de desumanizacao dos indigenas por meio do discurso de que aquelas populacoes nao possuiam a capacidade de desenvolvimento historico proprio. Com isso, verificou-se que, diferente dos paradigmas evolucionistas do seculo XIX, os indigenas nos primeiros seculos da presenca portuguesa, eram pensadoscomo “fosseis vivos”, degenerados pela vivencia nas florestas tropicais.
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